In hoc signo vinces
Esta expressão é a tradução latina da frase grega “Por este sinal conquistarás “.
De Constantino a Enderson
Constantino, o Grande, foi um imperador romano proclamado “Augusto”, alcunha que expressava algo como “escolhido pelos anjos”, por sua tropa no ano de 306 da Era Cristã. Governou o Império Romano até a sua morte no ano de 337.
Constantino venceu guerras civis, travou batalhas expansionistas, rompeu as barreiras do Império até o chamado Oriente. Riu do termo impossível. Construiu uma residência imperial nas terras do Leste, na cidade de Bizâncio. Diante da conquista, resolveu chamar a antiga Bizâncio de Nova Roma. Mas muitas pessoas, diante à reverência ao grande conquistador, passaram a chamar a cidade de Constantinopla. Essa cidade reinou como a capital romana do Oriente por mil anos! Ao longo da história, essa importante cidade recebeu inúmeras denominações, até chegar no nome de Istambul, situada na Turquia.
Para Constantino ter conseguido chegar tão longe em seus domínios imperiais, ele teve que vencer os conflitos internos contra vários tipos de inimigos. Diante de Guerras colossais, tivemos batalhas que marcaram a história. Dentre várias, destaco a famosa batalha da Ponte Mílvia, travada em 312, às margens do rio Tibre, em Roma. Essa batalha foi crucial para Constantino ter marcado seu nome na história. Ele conseguiu, na raça, acabar com uma tetrarquia em Roma e se tornar o único governante máximo do império. Essa batalha também marcou o início da conversão de Constantino ao Cristianismo. Constantino revela que sonhou com um símbolo, trazido por Deus. Era a promessa divina da vitória se esta insígnia viesse na frente de suas tropas. Era o sinal Qui-Rô, as duas primeiras letras do nome de Cristo em grego. Isso foi estampado nos escudos da tropa, além de estandartes. O famoso Arco de Constantino, erigido para lembrar a vitória, possui este símbolo esculpido em seu panteão.
As tropas de Magêncio, (a dobradinha CAM+FMF contra Constantino), era no mínimo o dobro em quantidade de soldados. Em estratégia errada, em cobiça, a respectiva retaguarda dos inimigos ficou à mercê das margens do rio. No ataque da cavalaria de Constantino, muitos de Magêncio acuados na ponte, acabaram caindo no rio. O excesso de soldados em fuga não comportou todos na ponte. Constantino entrara de forma triunfal em Roma. Recebera o Arco do triunfo como lembrança eterna da vitória épica.
O primeiro desafio do novo escudo
Sob o novo escudo do América Futebol Clube, composto pelas duas estrelas de campeão brasileiro 1997-2017, também tive um sonho. Era uma pelada de crianças, todos se divertindo, gol marcado por chinelos, só toque de primeira, no meio daqueles garotos cuja idade se assemelha à faixa etária dos fundadores do América, vejo o volante Gutemberg, com o uniforme americano de campeão mineiro de 1993, ano que fizemos um 4 a 0 sem dó no nosso maior rival cacarejante. De traje completo, ele brincava com as crianças, e ria muito também. Justo o Gute, que não era a estrela daquele time, mas fez o gol de empate no último clássico de 1993, o que nos credenciou ir à Valadares buscar o título. Ele me entrega a nova camisa 2018. Acordei num misto de sensações. O estandarte foi entregue, sob o brilho das duas estrelas amarelas e dos meus olhos marejados ao acordar. A alegria verdadeira da criança vista de forma explícita no sonho é a mesma daquela que conheceu o América e que vive dentro do meu ser.
O sinal foi revelado: Um representante de um time que fez o Deca encarar federação e calou o cacarejante de 4, me entrega a camisa sorrindo, sem proferir uma palavra sequer. Senti um recado de “vai, parte pra cima”.
Mesmo com tanta roubalheira?
Sim, eu sei. A sensação que temos é que toda vez que o América joga contra os cacarejantes precisa fazer uns 4 gols para a bandidagem da arbitragem validar um. Mas pra quem luta contra tudo e contra todos, é buscar forças para bater mais esse obstáculo. Uns optam se entregar para desaparecer. Nunca foi o caso do América.
Espada, escudo e elmo
Chegou a hora de encaramos aqueles que também tem a tropa infinitamente superior em quantidade, incluindo toda turma de “amarelo”. Sob o novo escudo, o COELHO vencerá. O sinal de Qui-Rô agora é outro: coe-lhô!!!!
Que todos os presságios de luta eternizados na antiga Alameda estejam presentes. O América luta pela honra dos que já se foram e aos que tentam entregar para as futuras gerações uma instituição repleta de glórias. “É imperioso o dever que nos impõe”: era uma frase estampada na carteira de sócio de 1971. Imperioso vem da luta em impor, na raça, no famoso queiram ou não, terão de nos engolir, em mais um capítulo que a história nos coloca em xeque. Arrastem todos ao campo!
É uma grande batalha, daquilo que se prolonga desde 1912. E que, ganhando ou perdendo, cada capítulo reforça somente uma máxima: JAMAIS NOS MATARÃO. O América Futebol Clube, bem como seu legado esportivo, social e cultural, SÃO ETERNOS!
Todos ao NOSSO campo. Lutaremos até o fim!
Um abraço verde.
Mário César Monteiro
twitter.com/MarioMonteirone
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