Vermelho 27 ou Preto 17?

A sexta-feira passada, logo após a publicação da última coluna,  trouxe excelentes notícias. A primeira delas foi a transferência do abundante zagueiro Diego Jussani pro Vila Nova de Goiás. O que particularmente não entendi, pois a arroba de boi gordo está mais valorizada em Belo Horizonte do que em Goiás, conforme o site do Canal Rural.

A transferência do nosso ex-capitão me parece um golpe de mestre, uma vez que o único fiador de sua presença no time, inclusive como capitão, era Givanildo. Mesmo que uma catraca do Independência fosse contratada como novo técnico do Coelhão,  certamente  perderia a titularidade. E obviamente, deixaria de ser capitão. Se fosse pro banco, o máximo que poderia ser era gerente.

Torço para que o jogador encontre sua forma e seu futebol no Vila. Em campos mineiros, mostrou apenas preguiça, desânimo e falta de técnica, a ponto de ser xingado constantemente pelos colegas.

Interesse Sino-Búlgaro

A segunda boa notícia é o interesse chinês em investir 200 milhões de reais no time do América. Logo em seguida, apareceu também uma carta de intenções do consulado da Bulgária, com o mesmo objetivo mas sem valores.

Como no tango de Herivelto Martins( Aqui ), imortalizado por Nelson Gonçalves, estamos entre o Vermelho 27 (a sorte na roleta) e o Preto 17 (a perda de tudo que se conquistou). Entendo que uma parceria adiantaria um sucesso que se fizéssemos tudo certo, chegaria em uns 10 anos. Mas se não for bem feita, podemos regredir.

No final do último programa, falamos um pouco sobre isso. O América está em uma posição privilegiada para atrair investidores, que tem fugido da Europa devido a mudanças fiscais e regulatórias. Somos um time com dívida relativamente baixa, patrimônio farto, um estádio moderno, política interna pacificada, categoria de base funcional e produtiva e baixíssima rejeição em termos de marketing.

Considero que a parceria, seja ela qual for, deve começar com uma auditoria de ambos os lados de forma que todos saibam claramente onde estão se metendo. Essa providência já está sendo tomada. Além disso, precisamos ter salvaguardas que nos protejam caso o parceiro pule fora do barco, para evitar um caso semelhante a Parmalat no Palmeiras. Além disso, sou contra a cessão completa de direitos dos jogadores da base, pois entendo que a manutenção de uma parte dos percentuais é essencial no caso de uma super valorização.

Parafraseando o amigo Maurício Kfoury, da Turma do Fundão, uma parceria como essa profissionaliza todos os setores do clube, traz torcida, mídia e oportunidades. A ideia é produzir um ciclo virtuoso.

Treino do América MG

Créditos : Mourão Panda (@photompanda) / América MG

Novo técnico

Gostei da contratação de Maurício Barbieri, que tem um perfil interessante. Para me deixar mais satisfeito, sua primeira escalação para o jogo de amanhã é muito semelhante a que propus no último programa. Veremos se a mudança de técnico produz resultados, mas é preciso tempo e paciência.

 

Créditos da Imagem de Capa: Mourão Panda (@photompanda) / América MG

Momento desabafo!

Era início de 2016. América prestes a enfrentar uma Série A duríssima, com um time que, sabíamos, era bastante limitado. Mas, nós, americanos, sempre acreditamos. E foi essa paixão que fez com que 3 caras mais do que atarefados criassem um programa sobre o América na internet. Uma ideia tão sem sentido que acabou fazendo muito sentido pra nós.

Walisson Fernandes, Henrique Pinheiro e Cláudio Sálvio levaram ao ar o primeiro episódio do Decadentes no dia 1º de abril de 2016. Pode parecer mentira, mas não é. Foi uma data escolhida a dedo para lançar o programa, com o objetivo de ser algo irreverente sobre o América, dando o tempo que julgamos que o América merece (já tivemos programas de mais de duas horas… uma loucura)!

O tempo foi passando e, sem perceber, o Decadentes já está no ar há mais de 3 anos. Dentre idas e vindas, “contratações” e “demissões”, já presenciamos e vivemos juntos um título mineiro, dois rebaixamentos, dois acessos (um com o título da Série B e o outro já contando o deste ano, é claro!), as batalhas do time feminino, a chegada do América Locomotiva e outras tantas aventuras neste planeta América.

O programa melhorou neste período? Não sei. O público aumentou? Muito pouco. Mas, é inegável que, dentro do “mundinho americano”, o Decadentes faz um baita barulho. Como gostamos de falar, somos o melhor e o pior programa sobre o América, afinal somos os únicos a produzir este tipo de conteúdo sobre o clube na internet.

A hora do próximo passo

Já há muito tempo temos, internamente, conversas e mais conversas sobre possibilidades de evolução do Decadentes. Nestas conversas, um assunto sempre apareceu: a mudança do nome. Esta questão ganhou ainda mais força quando começamos a pensar em colocar uma faixa nossa no Independência. Algo que nos fazia brilhar os olhos: ter uma faixa nossa no estádio do nosso clube! O único com um estádio para chamar de seu em Belo Horizonte. Mas, ter uma faixa no estádio com o nome “Decadentes”? Seria esta uma boa ideia?

Foi neste momento, no início deste ano, que decidimos por mudar o nome e, com isso, conseguir voar mais alto. Com um novo nome, que enaltecesse o América e os americanos, poderíamos alcançar mais pessoas. A faixa no estádio passou a ser uma realidade ainda mais próxima. A nossa primeira consulta ao América (ainda extra-oficial) foi fantástica! “É claro que podem. Não tem nem que mandar para nossa validação.”, disseram. Pronto! Estava aí a motivação que precisávamos para tocar o projeto de mudança de nome e de marca.

Foram meses de trabalho acelerado. Intercalando com nossas já atarefadas vidas, fomos desenvolvendo nome e marca. Inúmeras ajudas importantes: do nosso público (inclusive sugerindo o novo nome escolhido), da melhor e mais linda designer deste mundo (minha esposa) e de amigos. Desenvolvemos layouts e projetos para tudo: a faixa, bonés, cerveja própria, brindes, etc. Tudo no jeito para começar a Série B “de roupa nova”.

O balde de água fria

Foi então, no dia 04 de abril, em um ato de preciosismo nosso (já que tínhamos recebido o retorno informal de que nem precisaria de aprovação) que resolvi enviar o layout da faixa com a nova marca para validação no América. Gosto das coisas preto no verde (porque preto no branco é coisa da turma de Vespasiano). Preferi ter uma validação formal para evitar surpresas em cima da hora.

A primeira resposta indicava que tirássemos da faixa o endereço do novo site. Ok. Apesar de alguns precedentes de endereços eletrônicos em divulgação nas arquibancadas do Independência, mas ok. Tiramos o site. Foi então que, após alguns dias de negociação, tivemos uma resposta definitiva: a nossa faixa não foi autorizada por termos um “viés comercial”. E que a faixa só seria autorizada se nos tornássemos uma torcida organizada, inclusive passando a receber cortesias para os jogos. Ah, já ia me esquecendo: disseram que esta é uma determinação da Arena Independência.

Quero, também, registrar que todas as nossas mensagens foram respondidas com clareza, educação e boa vontade por parte do profissional do clube. Sabemos, também, que as decisões não couberam a ele, que segue sendo alguém que admiro.

Vamos aos pontos:

  • “Viés comercial”

Eu, que estou de dentro, passei horas tentando entender esse lado do viés comercial. Desde o nosso início, temos gastos com domínio do site, servidor, equipamentos para algumas gravações e coisas do tipo. Tudo isso bancado, durante um período, pelo Henrique Pinheiro. Depois de um tempo, tivemos a ideia de fazer o que alguns outros produtores de conteúdo fazem: “passar a sacolinha”. Criamos uma vaquinha virtual. Isso até funcionou bem e deu pra pagar estas contas. Depois de um tempo, criamos uma camisa do Decadentes e a vendemos por R$ 65,00. O objetivo maior era de levar a nossa marca para os arredores do Independência e, com isso, fazer propaganda do programa. Estas, senhoras e senhores, são as “enormes” ações de “viés comercial” praticadas pelo Decadentes em 3 anos. Se colocar tudo na balança direitinho, já saiu mais dinheiro dos nossos rasos bolsos neste período do que entrou (para a caixinha do Decadentes, porque o que entra não entra para o bolso de nenhum participante). Enquanto isso, Máfia Azul e Galoucura, por exemplo, ganham, estes sim, rios de dinheiro com vendas de camisas e outros produtos e estão com as faixas lá, inclusive no Independência.

  • Virar torcida organizada

Este não é um objetivo nosso. Poderíamos até virar uma “torcida de fachada” para colocar a faixa lá e, de quebra, ainda “ganhar cortesias para os jogos”. Não é a nossa onda. Não mesmo. Somos torcedores que produzem conteúdo para o clube. E assim queremos continuar sendo, até para continuar tendo a nossa independência nas nossas análises. Não queremos ter nenhum tipo de “viés comercial” com o clube. Só queríamos poder expor a nossa marca no estádio do nosso clube. Ah, este é o próximo ponto.

  • O “nosso” estádio

Quando tivemos nossa conversa informal, a resposta de que “é claro que podem” soou como música. Afinal, se o dono do estádio está autorizando, quem poderá nos deter? Engano nosso. Ao longo do processo, percebi que o estádio é nosso, mas não apitamos quase nada dentro dele. Se a torcida do time de Vespasiano quiser colocar uma faixa lá dizendo “O Horto é nosso”, acho bem provável que consigam. Mas, nós, os donos do estádio, não fomos autorizados a colocar uma faixa que dizia que somos decacampeões!

Bateu o desânimo

Depois de 3 anos produzindo conteúdo, esse balde de água fria trouxe o desânimo, pelo menos para mim. Ver o tempo já dedicado a isso e perceber a falta de um apoio mínimo me fez e faz refletir se vale a pena continuar neste ritmo. Quero muito que meus companheiros de batalha (Jairo, Marcão e Thales) sigam na luta e, se precisarem, contem comigo. Não penso em sair do Decadentes mas, hoje, não me vejo com a motivação necessária para ser “linha de frente”. O Decadentes é algo que me orgulho muito por ter criado, mas neste momento o desânimo supera minha vontade de seguir tão atuante.

Carta ao Jogador do América

Companheiro em armas,

Escrevo a você às vésperas de nosso jogo contra o Fluminense. Sou um torcedor do América Futebol Clube, time portador da cor Esmeralda-Esperança e vivo a vida desse clube.

Queria dizer em primeiro lugar, que independente do que aconteça domingo, a torcida agradece a você a melhor campanha em Série A que já fizemos. Nunca chegamos, na era dos pontos corridos, a ter a possibilidade de fazer contas na última rodada para nossa permanência e muito menos dependermos apenas de nós mesmos. Somos emotivos, mas quando o julgamento da história acontece, somos justos e fieis a quem nos deu seu sangue.

A sua história de vida eu sei. Você já teve seu futebol questionado e já tentaram convencê-lo que o futebol não era pra você. Você teve lesões que colocaram em dúvida sua carreira e suas próprias escolhas. O Clube em que você está espelha esta história.

Desde que os meninos se reuniam em uma gameleira na Alvares Cabral com Espírito Santo em 1912, o América foi muitas vezes questionado em sua existência. Afinal, como pode esse clube existir em uma cidade que já contém outros dois clubes de maior torcida. Um disse que iria nos fechar, outro que iria nos absorver. Como você, persistimos em nosso sonho. Sofremos lesões muitas, incontáveis e contínuas. Fomos caçados pelos adversários incansavelmente. A primeira irrigação do CT onde vocês hoje treinam foi irrigada pelas lágrimas de um ex-presidente, que anos antes vendeu nosso único patrimônio, a antiga Alameda, para que continuássemos existindo.

Se domingo formos rebaixados, a vida continua. Como fênix, vamos nos reerguer pois é nossa história. Talvez você tenha estado naquela festa bonita ano passado contra o CRB.

Mas se permanecermos na Série A, meu companheiro…

Se permanecermos, estaremos fazendo história e você fará parte disso. Quando ganhamos a Série C em 2009, lembro do Euller gritar a plenos pulmões que “temos nosso lugar na história!”.  Verdade incontestável. Euller e seus companheiros fazem parte da história de um time que foi fundado por um negro quando um negro não podia nem jogar nos outros clubes da capital. Um time que lutou contra injustiças e foi excluído por três anos das competições nacionais apenas por buscar seus direitos. Fomos rebaixados ficando em 16º em um campeonato de 32 times. É uma história bonita demais e que tem um pedaço guardado pra você.

No jogo de domingo, estamos com você em campo. Acredito no seu futebol e na sua vontade. Contra nós, tudo dentro e fora do campo. Antes de entrar, faça uma oração se for de sua vontade e não se incomode com a torcida adversária. Não importa quantos sejam, nós estaremos lá com você. Nossa força será a sua. Dentro de cada camisa americana, um amor maior do que você imagina.

Somos uma torcida forjada a ferro e fogo. Se hoje somos poucos, é porque poucos resistiram a jogar o Módulo 2 do Mineiro, Série C e congêneres. Portanto, a torcida que você vê na arquibancada é o produto onde apenas os americanos mais apaixonados resistiram. Não temos vaidade e nem torcemos contra o vento. Nossa vaidade é saber que estivemos com o time sempre que ele precisou. Nenhum vento nos assusta. Somos moinhos, que usam da tempestade para cumprir seu destino.

Leve no escudo de sua camisa nosso apoio, nosso respeito e nossa união. Estaremos em fé com você naqueles 90 minutos que separam o Céu do Inferno.

Um grande abraço do seu companheiro em armas, o Americano!
Jairo Viana
twitter.com/jairovianajr

O grande americano Thiago Reis (Seu Nome, Seu Bairro) recebeu o texto o interpretou. Ouçam:

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De Letra – nº 1165

OLÁ, caros leitores semanais! Jogando relativamente bem em um só tempo de jogo (geralmente no segundo tempo), o meu glorioso e querido América corre o sério risco de ser rebaixado e ficar de fora da festa maior do futebol brasileiro na temporada do ano que vem. Confesso que não entendi muito bem a afirmativa do treinador Adilson Batista, no sentido de que o Coelho não vai ser rebaixado, como se o velho ludopédio fosse uma ciência exata. Ora, futebol é um negócio totalmente imprevisível, de resultados absurdos. É um esporte diferente de todos os demais. É como bumbum de criança e barriga de mulher. Não dá para adivinhar nada…

FALTANDO apenas oito rodadas para o término do Brasileirão, nosso treinador precisa prestar muita atenção no que está fazendo, escalando seus “protegidos” e substituindo pior ainda. Alguém entendeu as substituições que ele fez anteontem contra o Grêmio? De repente, com a vitória nas mãos (ou nos pés, sei lá), o “Professor Pardal” resolveu operar duas substituições que apenas ele entendeu. Leandro Donizete faça-me o favor! No “banco” ele é bem menos danoso ao Mecão. Ele só faltou tirar um dos melhores da equipe, o volante talentoso Zé Ricardo, o garoto bom de bola de Bom Jesus do Amparo/MG, terra de meus amigos Tatá Nogueira (conceituado advogado trabalhista) e Régio Teixeira Bicalho (empresário de veículos). Ainda está em tempo. Basta escalar corretamente e mandar o time “agredir” os adversários…

ATÉ a próxima.

Miguel Santiago
Blog Miguel de Letra: http://migueldeletra.blogspot.com.br
Miguel Santiago publica originalmente em seu blog, Miguel de Letra, e carinhosamente cede sua lavra para ser republicada no Decadentes.

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Adilson Batista e seus vovô-lantes

Ao assumir o comando do América depois da rápida e desastrosa passagem do Drubscky pela função, Adilson Batista disse que o uma das coisas que o motivou a aceitar o convite era o fato de que o nosso elenco contava com jogadores de qualidade e que a bola não queimaria no pé deles. Seguindo esta lógica, ele disse que para encarar a luta pelo rebaixamento e a situação difícil em que encontrara o time escalaria jogadores cascudos, reafirmando que eram os que a bola não queimaria no pé.

Colocando o discurso em pratica, Adilson mudou drasticamente o jeito da equipe jogar, os cuidados defensivos agora são ainda maiores que nos tempos do Posto, o time abdica de propor jogo mas tem pecado ainda em ser reativo, um exemplo disto pode ser visto nos últimos 8 jogos a equipe finalizou em gol num total de 10 vezes, com 6 delas resultando em gol.

Adilson

Fonte: Mourão Panda(@photompanda) / América MG

Não há problema em se buscar o futebol reativo, esta proposta de jogo até se encaixa muito bem diante das limitações financeiras que temos para investir em elenco. O problema é que falta ao time a transição rápida para agredir o adversário e finalizar mais, pois não será sempre que vamos conseguir converter 60% das finalizações em gol, e esta falta de velocidade na transição nos traz um outro ponto do discurso do nosso comandante.

Aparentemente almejando o time em que a bola não queimaria no pé, Pardal Batista tem optado por volantes mais experientes (os sub-óbito do nosso elenco), e os dois volantes da base que vinham se destacando no time principal perderam espaço, e recentemente foram liberados para jogar pelo time de aspirantes. Isto poderia fazer sentido se realmente eles ainda estivessem verdes, se de fato a bola queimasse no pé deles, entretanto isto não procede.

O ápice desta proposta se deu no jogo contra o botafogo, poucos dias depois de liberar Christian e Zé para os aspirantes e jogando sem o Magrão, Adilson optou por escalar o time com 4 volantes: David (36 anos), Donizete (36 anos), Wesley (31 anos) e Juninho (30 anos), sendo que o Juninho começou como um ponta direita e Wesley mais avançado como um armador.

Zé Ricardo

Fonte: Mourão Panda(@photompanda) / América MG

Moral do jogo, o time foi muito lento no jogo, não tinha transição rápida da defesa para o ataque e nossa melhor chance criada de gol foi uma bola enfiada para o Juninho, que, por não ter um cacoete ofensivo, não conseguiu aproveitar a chance para finalizar ou tentar sofrer um pênalti.

Isto abriu bastante discussão no último programa do decadentes, será que os vovô-lantes são mesmo melhores que os oriundos da nossa base? Bem, em minha analise subjetiva de desempenho e na objetiva de dados estatísticos, não.

Como sei que a análise subjetiva cabe muita discussão, até porque os parâmetros de gostos podem ser muito pessoais e contaminados por outros fatores para além do futebol jogado de fato, ater-me-ei a explanação dos números.

O que dizem os números?

Juninho (30 anos):  22 jogos, 55 desarmes totais, sendo 48 destes certos. Média de 2.4 desarmes por jogo. Conseguiu também fazer 7 interceptações, com uma média de 0.3 por jogo. Comete um número de 1.4 faltas por jogo, índice de 86.5% de passes certos e de 47.7% de lançamentos certos. Possui uma média de 0.4 passes para finalização por jogo, tendo finalizado ele mesmo 10 vezes, apresentando uma media 0.5 por jogo e tendo marcado 2 gols.

Christian (22 anos):  8 jogos, 16 desarmes totais, sendo 15 destes certos. Média de 2.0 desarmes por jogo. Conseguiu também fazer 6 interceptações, com uma média de 0.8 por jogo. Comete um número de 0.4 faltas por jogo, índice de 91.8% de passes certos e de 50% de lançamentos certos. Possui uma média de 0.6 passes para finalização por jogo, tendo finalizado ele mesmo 10 vezes, apresentando uma média 1.3 por jogo e tendo marcado 1 gol.

Magrão (33 anos): 15 jogos, 22 desarmes totais, sendo 20 destes certos. Média de 1.5 desarmes por jogo. Conseguiu também fazer 3 interceptações, com uma média de 0.2 por jogo. Comete um número de 1.3 faltas por jogo, índice de 88.1% de passes certos e de 60% de lançamentos certos. Possui uma média de 0.9 passes para finalização por jogo, tendo finalizado ele mesmo 13 vezes, apresentando uma média 0.9 por jogo e tendo marcando 2 gols.

Magrão

Fonte: Mourão Panda(@photompanda) / América MG

Donizete (36 anos): 19 jogos, 24 desarmes totais, sendo 20 destes certos. Média de 1.3 desarmes por jogo. Conseguiu também fazer 8 interceptações, com uma média de 0.4 por jogo. Comete um número de 1.5 faltas por jogo, índice de 91.8% de passes certos e de 48.3% de lançamentos certos. Possui uma média de 0.3 passes para finalização por jogo, tendo finalizado ele mesmo 6 vezes, apresentando uma média 0.3 por jogo sem ter marcado nenhum gol.

David (36 anos): 6 jogos, 6 desarmes totais, sendo 6 destes certos. Média de 1 desarme por jogo. Conseguiu também fazer 4 interceptações, com uma média de 0.7 por jogo. Comete um número de 1.2 faltas por jogo, índice de 92.3% de passes certos e de 60% de lançamentos certos. Possui uma média de 0.2 passes para finalização por jogo, tendo finalizado ele mesmo 2 vezes, apresentando uma média 0.3 por jogo sem ter marcado nenhum gol.

Wesley (31 anos): 16 jogos, 10 desarmes totais, sendo 8 destes certos. Média de 0.6 desarmes por jogo. Conseguiu também fazer 1 interceptação, com uma média de 0.1 por jogo. Comete um número de 1.1 faltas por jogo, índice de 92.8% de passes certos e de 46.7% de lançamentos certos. Possui uma média de 0.4 passes para finalização por jogo, tendo finalizado ele mesmo 4 vezes, apresentando uma média 0.4 por jogo sem ter marcado nenhum gol.

Wesley

Fonte: Mourão Panda(@photompanda) / América MG

Zé Ricardo (22 anos): 115 minutos jogados espalhados por 6 jogos, tendo feito 3 desarmes, todos eles certos e também tem 1 interceptação, média de 0.5 faltas por jogo, índice de 90.4% de acerto de passes e de 40% de lançamentos certos. Finalizou 3 vezes nestes 115 minutos, sem ter marcado nenhum gol.

Os meninos são alvi-verdes, mas não estão verdes

Os números do Christian impressionam, ele só fica atrás do Juninho em termos de desarmes por jogo, e só fica atrás do Donizete em termos de interceptação por jogo, somando as duas estatísticas não seria leviano especular que ele é o melhor recuperador de bolas do nosso elenco. Entretanto sua contribuição ofensiva é ainda mais impressionante, sendo o que mais finaliza em média e o segundo que dá mais passes para finalização, tendo já marcado um gol (e que golaço). No entanto, dos volantes que temos parece ser a última opção para o Adilson, não figurando nem no banco de reservas na maioria dos jogos.

Os números do Zé Ricardo ficam um pouco mascarados pela falta de minutos jogados, mas chama a atenção também a participação ofensiva dele nestes minutos, sendo que a maioria deles jogados no final de partidas, entrando mais para ajudar a segurar o placar. Vale lembrar que o Zé foi adaptado a posição de primeiro volante pelo posto, na base ele sempre saiu muito mais pro jogo, tendo sido inclusive utilizado na linha de 3 meias do 4-2-3-1 em algumas situações.

Cabe ressaltar que de fato Wesley e David deram uma melhorada em relação ao desempenho inicial de ambos, entretanto ainda sim, contribuem pouco defensivamente para o time, e a contribuição ofensiva que lhes seria o ponto mais forte deixa a desejar em relação a outras opções.

Treinadores de futebol são famosos por ser muito agarrados a suas convicções, mas espero que o Adilson Batista abra os olhos e de mais chances ao Christian e ao Zé Ricardo, a entrada dos dois não representariam apenas a rejuvenescida de nossa volância, trará ganhos de performance para além de acelerar bastante a transição. A chave para que o futebol defensivista atual se torne o tão aclamado futebol reativo pode passar por estes dois, pois teríamos tanto a pegada que nos faltou no último jogo, como velocidade na transição e um melhor poder de finalização. Continuar lendo

Os quatro exilados

Quem vai se dispor a criticar um técnico que está sendo vitorioso? Infelizmente é preciso. A crítica em geral só é nociva aos vaidosos e aos condescendentes. Para o humilde, a crítica é o início de uma melhoria.

Essa coluna não quer tirar os méritos de Adílson Batista, inclusive pelas anteriores desde a sua chegada terem sido sempre elogiosas e portanto, não há razão para que uma invalide outras. Conquistamos mais pontos e estamos melhor agora do que na era Enderson. Então por que a crítica?

Quis Custodiet ipsos custodes?

A frase latina acima é do poeta romano Juvenal e pergunta “Quem vigia os vigilantes?”. É um aviso de que mesmo aqueles que prestam bom trabalho precisam de supervisão.  Ontem a tarde foi divulgada a notícia de que Sabino, Ademir, Christian e Zé Ricardo foram enviados ao grupo de atletas sub-23, os Aspirantes do Coelhão. No programa de domingo passado, comentamos o fato de Ademir e Christian estarem treinando em separado.

Como não faço parte do grupo do América ou da diretoria, tudo escrito daqui pra frente é a opinião de um torcedor sem nenhum tipo de informação privilegiada e na melhor das hipóteses, representa as conversas de porta de Independência sobre o assunto.

Considero muita injusta essa involução dos quatro, demovidos da equipe principal para a de aspirantes. Não tenho procuração pra defender nenhum deles. Com todo o respeito a equipe de aspirantes, que tem feito bonito em seu campeonato, estamos tirando desses meninos a oportunidade de jogar em nível de Série A, com jogadores qualificados e toda a pompa e circunstância que a cerca.

Caso a caso

exilados

Fonte: Site do América / Plantel

O zagueiro Sabino é de quem menos posso falar. Contratado para a equipe de aspirantes em abril, compôs elenco até a chegada de Paulão. Como não o vimos jogar e pela juventude até não me parece algo tão descabido sua volta aos aspirantes. Entretanto, é preciso destacar o efeito psicológico sobre ele e os outros três. Enquanto a promoção deve ter sido comemorada, qual o efeito do caminho contrário?

Ademir “Fumacinha”, promessa que veio da Patrocinense e fez alguns jogos no Coelhão teria espaço nesse time. Fez algumas raivas? Fez. Mais do que Marquinhos, por exemplo? Mais do que Wesley? Para esses houve paciência. Ademir teve uma grande variação nos jogos em que participou, atuando bem e mal. Natural em um jogador jovem como os próximos dois casos.

Zé Ricardo passou de craque a nada em menos de um mês. Consistentemente eleito melhor jogador no Campeonato Mineiro, teve uma queda absurda em seu rendimento nos dois jogos da Semi contra a cachorrada. As teorias da conspiração das catracas do Independência são muitas. Algumas dizem que ele deslumbrou com o seu próprio futebol, outras que amarelou. Depois disso, raramente entrou até o episódio de ontem. Na minha opinião, seu futebol não acabou. Não se esquece o que se ama tanto. E o Zé do Coelho joga bola sim! E se estou errado, devemos punir severamente quem renovou seu contrato. Se seu futebol variou em qualidade, é por sua juventude, mas não por seu amor ao América que já foi demonstrado algumas vezes.

Por último, a maior de todas as injustiças: Christian. Nosso volante e vez em quando lateral tem muito lugar nesse time do Adílson Batista. Veja, estamos falando de um plantel de meio de campo que sem Zé Ricardo e Christian, tem como volantes Donizete, Wesley, Juninho, David e só. Christian nunca fez um jogo ruim no Coelho. Todos os seus jogos foram de discretos a positivos, em alguns até se destacando. Portanto não consigo vê-lo atrás de um David, que esse ano tem feito bons jogos. Mas bons jogos o Christian também sempre fez.

Minhas preocupações

Adílson Batista já parece estar transformando o América em uma panelinha. Todo técnico tem suas paixonites e o técnico que barrou Sorín nas meninas pra escalar Magrão tem histórico disso. Sobra paciência com os figurões, o que pode e parece estar funcionando pra alguns.

Um efeito dessa fixação pelos jogadores mais rodados do elenco já foi sentido no jogo com o Ceará. Um time envelhecido, cansado da sequência de jogos, que não conseguiu apresentar nada. Na entrevista, Adilson culpou calendário, CBF, política, tudo quanto há. Mas veja, sem defender o indefensável calendário, as datas estão dadas há quase dois meses. É dever do técnico se planejar para isso. E justamente nesses casos é que jogadores mais jovens fazem a diferença. Sentem menos a sequência e aproveitam as oportunidades dadas com mais afinco. O exílio dos quatro meninos só colabora com o envelhecimento do time titular e reserva.

Por último, me preocupa o “day after“, o dia após o fim do campeonato. Segundo o site  Transfermarkt , Adílson e quase todos os nossos jogadores tem contrato até dezembro de 2018, com pouquíssimas  exceções, entre eles os quatro transferidos. Então imaginem o fim do campeonato. Permanecendo ou não, teremos que reformar o time todo. Renovar com alguns, liberar outros. Por tanto, manter aqueles sob contrato dentro do elenco teria um efeito positivo de continuidade.

Essa politicagem interna do América me cansa demais. Toda informação é secreta e crucial demais para ir a público. O torcedor médio deve ser protegido de viver seu clube. Precisamos melhorar muito esse jeito “colégio de freiras” de ser da direção do América. Nos envolvam. Queremos mais.

Grande abraço a todos e vitória no Rio!

Jairo Viana
twitter.com/jairovianajr

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Meu Herói, por Alexandre Dolabela Dias

Uma das coisas mais gratificantes em participar do Decadentes é prover espaço a todos os americanos. E foi nesse espírito que o Alexandre Dolabela Dias, leitor desse espaço e ouvinte do programa, leu a coluna de ontem do Rodrigo sobre o campeonato de 73 (73 – o ano que devemos repetir) e decidiu contar um pouco sobre o jogo em que o Neneca foi expulso, que reproduzo abaixo com a autorização dele. Parabéns pelo texto, Alexandre! Me emocionou muito, mesmo não tendo vivido este jogo e muito obrigado a você e ao Rodrigo por dividirem outros capítulos dessa história linda que é o América.


MEU HERÓI

Nunca tive um herói na infância. Falo de heróis  famosos tipo Zorro,  Super Man, Flash. Mas naquela tarde no Mineirão ele me apareceu…

Tarde cinzenta de domingo  no Gigante da Pampulha que recebia grande público apesar do mau tempo . Era um dia de dezembro de 1973  e meu América jogaria contra o Atlético  pelo Campeonato Brasileiro.  A nossa fiel e apaixonada torcida  fazia uma boa presença e a torcida do Atlético, numerosa e vibrante, ocupava a maior parte das arquibancadas.

Dois grandes times se enfrentariam no clássico. De um lado estava o Galo  que  fazia uma campanha regular no campeonato e tinha grandes jogadores  e o mítico Tele Santana como técnico. Do outro o Coelho que vinha de várias partidas invicto, grandes vitórias e cumpria espetacular campanha num longo Campeonato Brasileiro.

Na pré-hora do jogo, ainda nos bares do estádio, fui surpreendido pela gente americana ou pelo menos a maioria dos nossos torcedores estranhamente tomada de excessiva  confiança no triunfo. Confiança justificada, é claro,   pelo retrospecto do time e pela análise técnica de jogadores que vestiam a camisa verde e preta em 1973. Mas em verdade as considerações técnicas sobre os times e  o retrospecto no Campeonato, nada disso importava à apaixonada torcida. Sentia-se independentemente de qualquer análise que  para a gente americana  o jogo estava ganho, o jogo era nosso.

Dentro daquele imenso estádio e em meio àquela multidão um sempre cauteloso jovem “alamedino”,meu apelido de infância, tinha o coração dividido,  acostumado que estava  a ver o Atlético vencer o América na maioria dos jogos no início da “Era Mineirão”. O coração incontrolavelmente  verde queria cantar vitória mas a razão não permitia euforia e recomendava prudência.

Jogo equilibrado no início, com chances para os dois lados. Com o passar do tempo, porém, o Coelho foi dominando as ações e já no final do primeiro tempo de um clássico disputadíssimo o América mostrava um melhor futebol e ameaçava muito mais. A essa altura o placar já não mostrava o que acontecia em campo. Merecíamos pelo menos um gol, que não acontecia. Nossa torcida vibrava mas já transpirando ansiedade porque o placar não traduzia com justiça  as ações de cada time no gramado.

Começa o segundo tempo e o que era domínio passa a ser supremacia absoluta. Resultado: um gol de Cândido logo de início e, alguns minutos após grande domínio do Coelho, outro  gol de Pedro Omar.  O  2 a 0 do América só fez justiça ao que acontecia no jogo.

Delírio da nossa torcida que não parava de gritar. Do outro lado a torcida do Atlético atônita e silenciosa… Parecia naquele momento tudo muito fácil e placar consumado. O time de  Pedro Omar,Neneca, Vander, Spencer e Juca Show era o dono do jogo e o Galo  completamente dominado… Era só administrar a partida e aumentar o placar. Spencer, um dos maiores craques do América e do futebol mineiro chegou a ser substituído por  Alemão, que ainda teria papel importantíssimo naquele jogo espetacular.

De repente, porém, aconteceu aquilo que nem o mais pessimista  americano poderia imaginar.  Neneca,  que juntamente com Leão eram os dois melhores goleiros daquele Brasileirão é expulso de forma injusta  juntamente com Arlem do Atlético, que provocou a expulsão do goleiro. Lembro-me que fiquei atônito na arquibancada, não só porque perdíamos a nossa “muralha” mas também  porque já havíamos feito as duas substituições permitidas. Silêncio total entre a torcida americana nas arquibancadas do Mineirão, ainda mais quando o nosso jogador de meio campo Alemão, substituto do Spencer no jogo, se encaminhou em direção ao gol e colocou a camisa do goleiro reserva que mais  parecia um vestido no pequeno e baixo meio-campista .  Como consequência, era previsível que  teríamos de suportar uma grande pressão do Galo que nos via como um time “sem goleiro”.

E aconteceu exatamente assim. Nos minutos seguintes o Atlético foi desesperadamente pra cima do time americano , que se defendia como podia, com raça e técnica, inclusive com a participação importante do nosso Alemão, corajoso goleiro improvisado que para nosso alívio se desdobrava debaixo do gol.

Cinco minutos após a expulsão a pressão alvinegra ainda aumentava e  quando o coração adolescente daquele americano   já não aguentava mais e que um ou mais gols do Atlético seriam inevitáveis,  aparece no jogo, com força descomunal e surpreendente , um ser de outro planeta. Aquele que já era o melhor jogador em campo ressurge em  espetacular forma de um gigante: JUCA SHOW.

Passados 45 anos do dia daquele jogo ainda me emociono ao relembrar.

Aquele jogador  alto , de pernas longas e corpo ligeiramente encurvado, de forma corajosa e com uma categoria inigualável, resolveu mostrar a todos presentes  que naquele dia o jogo já tinha um dono. Aproximadamente aos 20  minutos do segundo tempo o herói americano decidiu: esse jogo a partir de agora é só meu.  Pareceu-me a partir daquele instante que a bola do jogo era só sua pois praticamente até o final do jogo  ficou com  ela, seja recuperando-a nas investidas  adversárias, seja fazendo inúmeras arrancadas em direção ao gol ou ganhando vários preciosos minutos de jogo nas laterais do campo . Para mim e para os presentes no gigante da Pampulha é até hoje  inacreditável :  em determinado momento do jogo com o adversário tentando retomar desesperadamente a posse de bola,  aquele “monstro” de corpo curvado e pernas tortas ficou mais de um minuto,quase dois minutos seguidos com ela nos pés, fintando em progressão e para os lados, cercado por vários jogadores do Galo, mas não dando a menor chance aos jogadores alvinegros de retomar a bola. Lembro-me que a grande torcida do Atlético emudeceu diante de tamanha categoria e coragem. Parecia-me e a todos que só existia JUCA SHOW em campo. Repito:nunca vi nada igual, até hoje.

Surgia ali no gramado do Mineirão naqueles minutos finais do segundo tempo do jogo , ainda que um pouco tardiamente na minha vida, meu grande herói.

E mais, a única vez que tive a certeza absoluta que  o América ganharia um clássico, mesmo que disputado em circunstâncias desfavoráveis.  E foi exatamente assim. O Atlético ainda marcou um gol meio por acaso perto dos 35 minutos  mas  não me apavorei: já tinha me dado conta que no jogo tinha um super-homem capaz de resolver tudo e que ele estava do do nosso lado.

Final América 2 x 1 Atlético para alegria e festa indescritível dos americanos na saída do Mineirão, fato que deixou marcas fortes, indeléveis, na minha memória e no meu coração.

Obrigado, muito obrigado Juca Show, pela imensa alegria que você me deu nos gramados do Brasil. Obrigado Juca , também pelos bons momentos que passamos  em estádios de Minas Gerais afora assistindo lado a lado na arquibancada até sua morte nos jogos do nosso querido América Futebol Clube.

Alexandre Dolabela Dias

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De Letra – nº 1161

OLÁ, caros leitores semanais! É preciso que alguém diga aos cronistas cariocas que o meu glorioso e querido América não é nenhum Madureira da vida (idem, idem São Cristovão, Olaria, Bonsucesso etecétera). Meu clube foi fundado no final de abril de 1912 e é decacampeão estadual, feito atingido apenas pelo ABC, de Natal/RN. E, além disso, revelou, para o futebol mundial, exuberantes atletas como etecétera, todos com passagens pela Seleção Brasileira. Tostão e Gilberto foram campeões mundiais em 1970 e 2002…

ENTÃO, não estou entendendo as lamentações da crônica esportiva carioca por ter o Flamengo empatado com o Coelho (dois a dois), ontem, no nosso belo e confortável estádio Independência. O Urubu estava com tanto medo que até mudou de idéia e trouxe seu time titular. Quem jogou com um time misto foi o Mecão, que atuou desfalcado do lateral direito Norberto, do zagueirão Messias, do atacante Luan e do armador Rui. De se registrar, ainda, que o Mecão não contou, também, com os volantes talentosos Christian e Zé Ricardo. O triste foi ver a equipe começando o clássico nacional de ontem com 11 jogadores da famigerada “legião estrangeira”. Cadê a garotada criada em casa, Adilson Batista?

A verdade é que o Coelho fez o que poucos acreditavam: encarar, de igual para igual, sem medo, o poderoso Urubu, mesmo saindo atrás do placar por duas vezes. Marcamos dois gols de cabeça e tomamos também dois gols de cabeça, em bobeadas terríveis…

ATÉ a próxima.

Miguel Santiago
Blog Miguel de Letra: http://migueldeletra.blogspot.com.br
Miguel Santiago publica originalmente em seu blog, Miguel de Letra, e carinhosamente cede sua lavra para ser republicada no Decadentes.

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De Letra – nº 1160

OLÁ, caros leitores semanais! Há muito tempo não se via uma equipe de futebol jogar tão bem, como o meu glorioso e querido América na noite da última quarta-feira, quando “calou” a metade do estádio e obrigou a outra metade a ir embora mais cedo. Todo mundo vaiando o quase imbatível Sport em seus domínios. Nunca, jamais alguém poderia supor que tal fenômeno do velho ludopédio pudesse acontecer uma dia. Nem o fantástico timaço do Santos de um fenômeno chamado Pelé conseguia tal façanha na década de 60. Lá no Recife, de mulheres bonitas e muros baixos, o “buraco é mais embaixo”. Em Pernambuco tem disso não! Se bobear o Leão come, não perdendo nem tempo de jogar no mar. Leão por leão o Coelho está acostumado a devorar, o das Minas Gerais e o de Pernambuco…

O COELHO “voou” em campo! Guardando-se as devidas proporções, ousaria afirmar que deu para se lembrar daquele estupendo time do América de 1973, sétimo colocado do Brasileirão. Duas equipes que começavam com dois goleiraços (Neneca e João Ricardo) e contavam com bons jogadores nas demais posições. O problema é que o time de 1973 tinha um “quarteto mágico” formado por Pedro Omar, Juca Show, Spencer e Edson Ratinho, um meio-de-campo inigualável, superado somente pelo trio santista daquele tempo, formado por Zito, Mengálvio e Pelé…

PS – Se o Mecão continuar jogando bem até o final da Série A, pode ocorrer uma posição melhor e uma competição internacional pela vez primeira (Libertadores ou Sul-americana). Por enquanto, somente nove clubes estão na nossa frente. Quem diria? Se a canoa não virar…

ATÉ a próxima.

Miguel Santiago
Blog Miguel de Letra: http://migueldeletra.blogspot.com.br
Miguel Santiago publica originalmente em seu blog, Miguel de Letra, e carinhosamente cede sua lavra para ser republicada no Decadentes.

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Alguém quer que o campeonato acabe hoje?

Com a grande vitória de ontem sobre o Sport, lá na ilha do Retiro, mais uma vez a psicologia abalada do americano retornou com toda a força. O time da Cachorra de Peruca, carinhoso apelido dado pelo rival Náutico, vem se tornando um freguês cativo e o jogo de ontem, além de ter  garantido três pontos na caixinha em um jogo fora de casa, quebrou o jejum de gols de Luan e Rafael Moura. Nos grupos americanos nas redes sociais, já se fala em pré Libertadores.

No sexto jogo, já é possível afirmar que Adilson Batista não perdeu suas principais características. É um estudioso e um inventor. Em cada um dos seis jogos, trabalhou o time conforme o adversário, variando desde uma retranca pesada (contra o Santos) a um jogo mais aberto (Fluminense), o que demonstra sua capacidade como técnico estudioso de esquemas táticos. Ainda assim, promoveu algumas invenções polêmicas. A que me incomoda mais é a improvisação de Juninho na lateral, onde aliás esse carregador de piano tem atuado bem. Apenas acredito que preferiria improvisar o Christian e deixar o Juninho no meio, onde acho que ele rende mais ainda. No programa venho comentando sobre a reserva ara o Zé Ricardo e Christian, que não concordo.

Mas esse comportamento vem de uma outra posição filosófica do Adilson: a preferência por jogadores com mais “tarimba” em série A. Daí a insistência em Magrão e Wesley. E esse último sou obrigado a admitir que tem rendido mais do que eu jamais esperava dele em 2018. Não que o Wesley seja craque ou que tenha recuperado o futebol que um dia jogou, mas tem tido uma clara evolução jogo a jogo. Tenho certeza que a confiança depositada pelo técnico ajudou.

Depois que atingirmos a Meta, vamos dobrar?

Na coluna de 19 de abril, Somos bipolares. Ou não? propus uma ideia de meta para que conseguíssemos nos manter na primeirona. A cada seis jogos, ou 18 pontos, conseguindo 8 pontos estaríamos mantidos na série A. Essa continha produziria um total de 48 pontos, que certamente garantem permanência.

Terminado o primeiro turno, já é possível fazer a conta da primeira metade.

primeiroturno4

Separei em dois conjuntos de seis jogos e o terceiro com sete jogos, uma vez que a conta original sobravam dois “jogos bônus”.

No primeiro conjunto, ficamos acima da meta com 10 pontos. Entretanto é preciso observar que dos seis times enfrentados, apenas o Flamengo está acima de nós na tabela atual, assim como é válido o raciocínio de que fomos bem os confrontos diretos contra possíveis rebaixados.

O segundo conjunto foi o pior de todos, com apenas 4 pontos em 18 disputados e mais uma vez, só tiramos pontos de times que estão abaixo de nós na classificação.

O terceiro conjunto só tem pontos obtidos sob a batuta de Adilson Batista e aqui conseguimos ganhar pontos em cima de times que estão em melhor posição. Atingimos a meta .

Não fossem os pontos perdidos durante o tempo “Jabuti em cima do árvore” do Drubscky, poderíamos estar ainda melhores.

Flamengo

Jogaremos domingo com um dos times que disputam o título brasileiro desse ano. Acredito que o jogo dependerá muito da tática flamenguista em relação a escalação, uma vez que o time carioca decide sua classificação na Libertadores na quarta seguinte contra o Cruzeiro. Então, acredito que alguns jogadores serão poupados no jogo contra nós.

A defesa desse time do Adilson deve ser elogiada e mesmo desejando muito a vitória domingo, um empate não seria um mau resultado. Teremos desfalques como o monstro Messias e talvez Ruy, mas em casa podemos conseguir uma vitória!

Grande abraço a todos e vamos lotar o Nosso Estádio domingo!

Jairo Viana
twitter.com/jairovianajr

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