É hora de vencer um clássico!

Na verdade, já passou da hora de vencer um clássico. Pela 10ª rodada do Brasileirão, o América enfrenta o Atlético Mineiro nesta quinta-feira, 7 de junho, às 21h, na Arena Independência. É confronto direto: do atual 10º colocado contra o atual 11º. Em caso de vitória, o América ultrapassará seu rival e se aproximará da zona de classificação da Libertadores.

Pelo Campeonato Brasileiro, de 1971 até hoje, as duas equipes já se enfrentaram 16 vezes, com ampla vantagem para o time de Vespasiano. São 9 vitórias alvinegras, 5 empates e apenas duas vitórias americanas.

O América

A equipe americana vem de importante vitória por 3 x 1 contra o xará paranaense do nosso próximo adversário. Uma vitória imponente e com um futebol bem jogado. A moral americana poucas vezes esteve tão alta para um clássico regional. Mas, o retrospecto em clássicos da equipe dirigida por Enderson Moreira é uma verdadeira pedra no sapato. O treinador americano, com mais de dois anos no cargo, nunca conseguiu vencer uma partida contra Atlético ou Cruzeiro.

A hora é esta! O momento é bom, a equipe vem jogando bem, principalmente no seu estádio, e o adversário vem de uma campanha bem irregular. O América terá os prováveis retornos de Leandro Donizete e Luan. O volante recuperou seu bom futebol no América e o seu retorno traz mais segurança o sistema defensivo do time. Já o atacante é um jogador brigador e acostumado com clássicos. Mas, a atenção do torcedor americano está em Ademir. O atacante, que veio do Patrocinense, tem entrado muito bem nas partidas. Um jogador rápido, agudo e que “faz fumaça” nas defesas adversárias. O time de Vespasiano tem uma defesa lenta, o que pode ser a situação ideal para Ademir.

Leandro Donizete

Foto: Mourão Panda (@photompanda)/ América-MG

O Atlético

A equipe de Vespasiano começou muito bem o Campeonato Brasileiro. Mas, essa boa fase inicial deu lugar a uma irregularidade recente. Com um treinador ainda interino, Thiago Larghi, o Atlético segue em busca de uma equipe titular e de um padrão de jogo. O ponto fraco da equipe é o seu sistema defensivo. O goleiro Victor não é mais o mesmo, apresentando insegurança e falhas constantes. Os laterais, zagueiros e volantes deixam um bom espaço para a equipe adversária trabalhar. É um time espaçado defensivamente. Com os possíveis retornos de Patric e Leonardo Silva, o sistema defensivo atleticano fica mais lento.

Em contrapartida, possuem um ataque rápido e eficaz. O bom Ricardo Oliveira (olho nele, América) é municiado por Cazares, Luan e, principalmente, por Roger Guedes, que tem sido o grande destaque da equipe neste início de campeonato. É um time, também, muito perigoso nas cobranças de faltas próximas à área. Mesmo com a saída de Otero, essa ainda é uma arma da equipe, com Cazares assumindo as cobranças. E o América, em especial o zagueiro Matheus Ferraz, tem dado essas chances para os adversários.

Arquibancada verde

O América é o mandante da partida em seu estádio. A presença do torcedor americano é importantíssima para o sucesso do time dentro de campo. A diretoria americana está promovendo algumas ações visando um grande público americano. Em uma delas, o sócio Onda Verde terá o direito de levar, gratuitamente, dois acompanhantes. Além disso, o sócio que levar os dois acompanhantes concorrerá à camisas oficiais do clube.

Para esta partida, o torcedor poderá comprar ingressos na loja do América, bilheteria da rua Pitangui, Loja Aqui, Quiosque Loja Aqui e Postinho Alaska.

Para mais informações sobre ingressos, clique aqui.

Possível escalação do América: Jory; Norberto, Messias, Matheus Ferraz e Giovanni; Leandro Donizete, Juninho (Cristian) e Serginho; Aylon, Luan e Judivan.
Treinador: Enderson Moreira.

Possível escalação do Atlético: Victor; Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Juninho; Adilson; Luan, Gustavo Blanco, Cazares e Róger Guedes; Ricardo Oliveira.
Treinador: Thiago Larghi.

Decadentes

Você também acha que o América tem pouco espaço nas mídias convencionais? Então, conheça o Decadentes: a única mídia feita por americanos para americanos. O Decadentes, como de costume, fará um programa pós-jogo dessa partida. Será na sexta-feira, 8 de junho, 20h, neste link. Para acompanhar, é só clicar no link próximo ao horário do programa. Você também pode solicitar um lembrete do início do programa. Basta clicar neste link e, depois, clicar em “definir lembrete”.

Ficha do jogo
Onde: Arena Independência
Quando: quinta-feira, 7 de junho, 21h
Motivo: 10ª rodada do Brasileirão 2018
Arbitragem: Braulio da Silma Machado (CBF), auxiliado por Kleber Lucio Gil (FIFA) e Neuza Ines Back (FIFA)
Transmissão: Premiere e Sportv (menos para região metropolitana de BH)

Walisson Fernandes
twitter.com/FernandesWali

Créditos da Foto de Capa: Mourão Panda (@photompanda) / América MG

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Mais um capítulo da história

Recordar para inspirar: 

Dia: 17 de Maio de 1964.

Era o clássico das multidões. Um ano antes da inauguração do Mineirão. As batalhas eram até então no Independência, dividido ao meio.

A bola mal sai do círculo central e o América parte pra cima. Jair Bala estufa as redes logo no primeiro minuto. A torcida americana explode. O Atlético, visivelmente nervoso, até com jogadores discutindo entre si, não enxerga novo ataque americano. Jair Bala de novo, logo aos três minutos de jogo. 2 a 0. Técnico Bijú não se contém e pula como louco de alegria. Na divisa das torcidas, que mal tinham corda de isolamento, já eram vistos troca de sopapos entre atleticanos e americanos. O clássico na saída já era quente.

Zé Horta lá da defesa orienta e pede calma pra tocar a bola. Era o América administrando. Afinal, o clássico caminhava com o nosso 2 a 0. Fim do primeiro tempo. Segundo tempo o Atlético está enfurecido. Parte pra cima. A massa alvinegra exige a busca do resultado. Logo aos nove minutos, Viladôniga marca. O lado alvinegro explode. Jair Bala sinaliza pra ter calma. Americanos na arquibancada apreensivos. Atlético abre a caixa de ferramenta e tenta na pancada intimidar o Coelho. As veias dos narradores quase saltam. O clássico sacode o Independência. Logo aos 13 do segundo, com o Atlético partindo todo pro ataque, América arma o contra-ataque. Mortal. Dario prestes a marcar, a defesa do Atlético achando que podia fazer o que quiser, levanta o atacante americano a dois metros de altura na área. É pênalti senhoras e senhores. Sérgio corre e marca. Coelho 3 a 1. Nessa altura do campeonato, as táticas deram lugar para cada um buscar de qualquer forma o resultado. Aos 15, o defensor alvinegro Bueno marca. O Atlético tinha a fama de nunca entregar o resultado. Corriam até o fim. 3 a 2 e o coro da massa embalava que a virada estava chegando. Aos 21, Jair Bala, sempre ele, entra driblando e confere. Americanos davam cambalhotas nas arquibancadas. 4 a 2. América buscava essa diferença para ter tranquilidade nesse torneio triangular. Mas o Atlético não entregava os pontos. E aos 36, num momento em que os nervosismos estão à flor da pele, JAIR BALA, de novo, 5 a 2. Acaba a partida nos 45 cravado, o juiz já estava doido para encerrar, pois alguns mal perdedores já incitava do lado de fora acabar o jogo de “outra forma”, no braço.

Jair Bala, fantástico. Em 1964, só no Independência, marcou 25 gols pelo Mineiro. É o maior artilheiro do Independência por uma edição do Mineiro. Momentos que marcam uma vida toda. E que os novos torcedores precisam saber o legado pesado da camisa americana e sua vocação pela eternidade.

17 de Maio de 1964 : América 5 x 2 Atlético

Um momento na história.

Foto do time vice-campeão estadual de 1964.

Time vice-campeão estadual de 1964. Em pé: Klebs, Catocha, Zé Horta, Zé Ernesto, Murilo e Zé Emilio Agachados: Saci, Luizinho, Jair Bala, Dario Alegria e Sérgio.

Retomando o fôlego:
A história, além de tentar evidenciar os erros para aprendermos com eles, também possuem efemérides que inspiram. Inspirar porque a tradição exige uma responsabilidade para fazermos um presente melhor e um futuro promissor. O maravilhoso “Planeta América” está aí para não nos deixar mentir.

Esquadrão Enderson:

ademir

O COELHÃO 2018 proporciona uma organização jamais vista do América na era dos pontos corridos, na série de elite do futebol nacional.  Mesmo com substituições e variações de posicionamento, o time mantém o equilíbrio. Isso nos dá confiança para irmos pro clássico com a sensação que podemos sim buscar o resultado. Cabeça no lugar, podemos continuar na incrível série de vitórias em casa. Em pontos corridos, cada jogo não deixa de ser um mata mata. Pontos por pontos, traçaremos nossos objetivos. Apesar da confiança, sabemos das históricas adversidades. Por isso todo cuidado é pouco.

Todos à nossa CASA.

Abraço verde. 

Mário César Monteiro
twitter.com/MarioMonteirone

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