Decadentes #154 – Vitória 1×0 América (Brasileirão 2018)

Perdemos… Com um apito lamentável e um gol cagado, os baianos fizeram o resultado em casa.

CONVIDADOS: ANDRÉ GUIMARÃES E THEO “MAGRONETE”

Excepcionalmente, esse episodio não foi editado ou publicado no feed. Vejam direto do YouTube.

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Meu Herói, por Alexandre Dolabela Dias

Uma das coisas mais gratificantes em participar do Decadentes é prover espaço a todos os americanos. E foi nesse espírito que o Alexandre Dolabela Dias, leitor desse espaço e ouvinte do programa, leu a coluna de ontem do Rodrigo sobre o campeonato de 73 (73 – o ano que devemos repetir) e decidiu contar um pouco sobre o jogo em que o Neneca foi expulso, que reproduzo abaixo com a autorização dele. Parabéns pelo texto, Alexandre! Me emocionou muito, mesmo não tendo vivido este jogo e muito obrigado a você e ao Rodrigo por dividirem outros capítulos dessa história linda que é o América.


MEU HERÓI

Nunca tive um herói na infância. Falo de heróis  famosos tipo Zorro,  Super Man, Flash. Mas naquela tarde no Mineirão ele me apareceu…

Tarde cinzenta de domingo  no Gigante da Pampulha que recebia grande público apesar do mau tempo . Era um dia de dezembro de 1973  e meu América jogaria contra o Atlético  pelo Campeonato Brasileiro.  A nossa fiel e apaixonada torcida  fazia uma boa presença e a torcida do Atlético, numerosa e vibrante, ocupava a maior parte das arquibancadas.

Dois grandes times se enfrentariam no clássico. De um lado estava o Galo  que  fazia uma campanha regular no campeonato e tinha grandes jogadores  e o mítico Tele Santana como técnico. Do outro o Coelho que vinha de várias partidas invicto, grandes vitórias e cumpria espetacular campanha num longo Campeonato Brasileiro.

Na pré-hora do jogo, ainda nos bares do estádio, fui surpreendido pela gente americana ou pelo menos a maioria dos nossos torcedores estranhamente tomada de excessiva  confiança no triunfo. Confiança justificada, é claro,   pelo retrospecto do time e pela análise técnica de jogadores que vestiam a camisa verde e preta em 1973. Mas em verdade as considerações técnicas sobre os times e  o retrospecto no Campeonato, nada disso importava à apaixonada torcida. Sentia-se independentemente de qualquer análise que  para a gente americana  o jogo estava ganho, o jogo era nosso.

Dentro daquele imenso estádio e em meio àquela multidão um sempre cauteloso jovem “alamedino”,meu apelido de infância, tinha o coração dividido,  acostumado que estava  a ver o Atlético vencer o América na maioria dos jogos no início da “Era Mineirão”. O coração incontrolavelmente  verde queria cantar vitória mas a razão não permitia euforia e recomendava prudência.

Jogo equilibrado no início, com chances para os dois lados. Com o passar do tempo, porém, o Coelho foi dominando as ações e já no final do primeiro tempo de um clássico disputadíssimo o América mostrava um melhor futebol e ameaçava muito mais. A essa altura o placar já não mostrava o que acontecia em campo. Merecíamos pelo menos um gol, que não acontecia. Nossa torcida vibrava mas já transpirando ansiedade porque o placar não traduzia com justiça  as ações de cada time no gramado.

Começa o segundo tempo e o que era domínio passa a ser supremacia absoluta. Resultado: um gol de Cândido logo de início e, alguns minutos após grande domínio do Coelho, outro  gol de Pedro Omar.  O  2 a 0 do América só fez justiça ao que acontecia no jogo.

Delírio da nossa torcida que não parava de gritar. Do outro lado a torcida do Atlético atônita e silenciosa… Parecia naquele momento tudo muito fácil e placar consumado. O time de  Pedro Omar,Neneca, Vander, Spencer e Juca Show era o dono do jogo e o Galo  completamente dominado… Era só administrar a partida e aumentar o placar. Spencer, um dos maiores craques do América e do futebol mineiro chegou a ser substituído por  Alemão, que ainda teria papel importantíssimo naquele jogo espetacular.

De repente, porém, aconteceu aquilo que nem o mais pessimista  americano poderia imaginar.  Neneca,  que juntamente com Leão eram os dois melhores goleiros daquele Brasileirão é expulso de forma injusta  juntamente com Arlem do Atlético, que provocou a expulsão do goleiro. Lembro-me que fiquei atônito na arquibancada, não só porque perdíamos a nossa “muralha” mas também  porque já havíamos feito as duas substituições permitidas. Silêncio total entre a torcida americana nas arquibancadas do Mineirão, ainda mais quando o nosso jogador de meio campo Alemão, substituto do Spencer no jogo, se encaminhou em direção ao gol e colocou a camisa do goleiro reserva que mais  parecia um vestido no pequeno e baixo meio-campista .  Como consequência, era previsível que  teríamos de suportar uma grande pressão do Galo que nos via como um time “sem goleiro”.

E aconteceu exatamente assim. Nos minutos seguintes o Atlético foi desesperadamente pra cima do time americano , que se defendia como podia, com raça e técnica, inclusive com a participação importante do nosso Alemão, corajoso goleiro improvisado que para nosso alívio se desdobrava debaixo do gol.

Cinco minutos após a expulsão a pressão alvinegra ainda aumentava e  quando o coração adolescente daquele americano   já não aguentava mais e que um ou mais gols do Atlético seriam inevitáveis,  aparece no jogo, com força descomunal e surpreendente , um ser de outro planeta. Aquele que já era o melhor jogador em campo ressurge em  espetacular forma de um gigante: JUCA SHOW.

Passados 45 anos do dia daquele jogo ainda me emociono ao relembrar.

Aquele jogador  alto , de pernas longas e corpo ligeiramente encurvado, de forma corajosa e com uma categoria inigualável, resolveu mostrar a todos presentes  que naquele dia o jogo já tinha um dono. Aproximadamente aos 20  minutos do segundo tempo o herói americano decidiu: esse jogo a partir de agora é só meu.  Pareceu-me a partir daquele instante que a bola do jogo era só sua pois praticamente até o final do jogo  ficou com  ela, seja recuperando-a nas investidas  adversárias, seja fazendo inúmeras arrancadas em direção ao gol ou ganhando vários preciosos minutos de jogo nas laterais do campo . Para mim e para os presentes no gigante da Pampulha é até hoje  inacreditável :  em determinado momento do jogo com o adversário tentando retomar desesperadamente a posse de bola,  aquele “monstro” de corpo curvado e pernas tortas ficou mais de um minuto,quase dois minutos seguidos com ela nos pés, fintando em progressão e para os lados, cercado por vários jogadores do Galo, mas não dando a menor chance aos jogadores alvinegros de retomar a bola. Lembro-me que a grande torcida do Atlético emudeceu diante de tamanha categoria e coragem. Parecia-me e a todos que só existia JUCA SHOW em campo. Repito:nunca vi nada igual, até hoje.

Surgia ali no gramado do Mineirão naqueles minutos finais do segundo tempo do jogo , ainda que um pouco tardiamente na minha vida, meu grande herói.

E mais, a única vez que tive a certeza absoluta que  o América ganharia um clássico, mesmo que disputado em circunstâncias desfavoráveis.  E foi exatamente assim. O Atlético ainda marcou um gol meio por acaso perto dos 35 minutos  mas  não me apavorei: já tinha me dado conta que no jogo tinha um super-homem capaz de resolver tudo e que ele estava do do nosso lado.

Final América 2 x 1 Atlético para alegria e festa indescritível dos americanos na saída do Mineirão, fato que deixou marcas fortes, indeléveis, na minha memória e no meu coração.

Obrigado, muito obrigado Juca Show, pela imensa alegria que você me deu nos gramados do Brasil. Obrigado Juca , também pelos bons momentos que passamos  em estádios de Minas Gerais afora assistindo lado a lado na arquibancada até sua morte nos jogos do nosso querido América Futebol Clube.

Alexandre Dolabela Dias

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Decadentes #153 – América 2×2 Flamengo (Brasileirão 2018)

Empate. Não o melhor dos resultados, mas um pontinho importante contra um dos postulantes ao título que irá retirar (se já não tirou) pontos de nossos adversários diretos.

CONVIDADO: TIAGO ROSAS
FLACAST – SRN: http://www.flacast.com.br
PAPO CANELA: http://papocanela.com.br


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Decadentes #152 – Sport 0x2 América (Brasileirão 2018)

Os campeões de 87 que nos desculpem, mas acho que já temos estabelecida uma freguesia. A última vitória dos rubro-negros sobre o América aconteceu há 8 anos. Desde lá, 5 vitórias do americanas e dois empates, com 18 gols pró e 5 gols contra.

CONVIDADOS: ANDRÉ GUIMARÃES


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Alguém quer que o campeonato acabe hoje?

Com a grande vitória de ontem sobre o Sport, lá na ilha do Retiro, mais uma vez a psicologia abalada do americano retornou com toda a força. O time da Cachorra de Peruca, carinhoso apelido dado pelo rival Náutico, vem se tornando um freguês cativo e o jogo de ontem, além de ter  garantido três pontos na caixinha em um jogo fora de casa, quebrou o jejum de gols de Luan e Rafael Moura. Nos grupos americanos nas redes sociais, já se fala em pré Libertadores.

No sexto jogo, já é possível afirmar que Adilson Batista não perdeu suas principais características. É um estudioso e um inventor. Em cada um dos seis jogos, trabalhou o time conforme o adversário, variando desde uma retranca pesada (contra o Santos) a um jogo mais aberto (Fluminense), o que demonstra sua capacidade como técnico estudioso de esquemas táticos. Ainda assim, promoveu algumas invenções polêmicas. A que me incomoda mais é a improvisação de Juninho na lateral, onde aliás esse carregador de piano tem atuado bem. Apenas acredito que preferiria improvisar o Christian e deixar o Juninho no meio, onde acho que ele rende mais ainda. No programa venho comentando sobre a reserva ara o Zé Ricardo e Christian, que não concordo.

Mas esse comportamento vem de uma outra posição filosófica do Adilson: a preferência por jogadores com mais “tarimba” em série A. Daí a insistência em Magrão e Wesley. E esse último sou obrigado a admitir que tem rendido mais do que eu jamais esperava dele em 2018. Não que o Wesley seja craque ou que tenha recuperado o futebol que um dia jogou, mas tem tido uma clara evolução jogo a jogo. Tenho certeza que a confiança depositada pelo técnico ajudou.

Depois que atingirmos a Meta, vamos dobrar?

Na coluna de 19 de abril, Somos bipolares. Ou não? propus uma ideia de meta para que conseguíssemos nos manter na primeirona. A cada seis jogos, ou 18 pontos, conseguindo 8 pontos estaríamos mantidos na série A. Essa continha produziria um total de 48 pontos, que certamente garantem permanência.

Terminado o primeiro turno, já é possível fazer a conta da primeira metade.

primeiroturno4

Separei em dois conjuntos de seis jogos e o terceiro com sete jogos, uma vez que a conta original sobravam dois “jogos bônus”.

No primeiro conjunto, ficamos acima da meta com 10 pontos. Entretanto é preciso observar que dos seis times enfrentados, apenas o Flamengo está acima de nós na tabela atual, assim como é válido o raciocínio de que fomos bem os confrontos diretos contra possíveis rebaixados.

O segundo conjunto foi o pior de todos, com apenas 4 pontos em 18 disputados e mais uma vez, só tiramos pontos de times que estão abaixo de nós na classificação.

O terceiro conjunto só tem pontos obtidos sob a batuta de Adilson Batista e aqui conseguimos ganhar pontos em cima de times que estão em melhor posição. Atingimos a meta .

Não fossem os pontos perdidos durante o tempo “Jabuti em cima do árvore” do Drubscky, poderíamos estar ainda melhores.

Flamengo

Jogaremos domingo com um dos times que disputam o título brasileiro desse ano. Acredito que o jogo dependerá muito da tática flamenguista em relação a escalação, uma vez que o time carioca decide sua classificação na Libertadores na quarta seguinte contra o Cruzeiro. Então, acredito que alguns jogadores serão poupados no jogo contra nós.

A defesa desse time do Adilson deve ser elogiada e mesmo desejando muito a vitória domingo, um empate não seria um mau resultado. Teremos desfalques como o monstro Messias e talvez Ruy, mas em casa podemos conseguir uma vitória!

Grande abraço a todos e vamos lotar o Nosso Estádio domingo!

Jairo Viana
twitter.com/jairovianajr

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Decadentes #151 – América 0x0 Fluminense (Brasileirão 2018)

Empatezinho com sabor de decepção. Era jogo para guardar três pontos, não um. Precisamos parar de deixar pontos pelo caminho.

CONVIDADOS: MARCÃO DO CASTELO E FILIPE DE LEUCAS


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Decadentes #150 – Bahia 1×0 América (Brasileirão 2018)

Retranca lamentável e o castigo no início do segundo tempo. Confronto direto, Coelhão, não pode voltar pra casa de mãos abanando.

CONVIDADOS: FILIPE DE LEUCAS E RAINER RADICCHI


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Decadentes #149 – América 0x0 Palmeiras (Brasileirão 2018) (Corrigido)

Empate. Não o melhor dos resultados, mas um importante ponto contra um dos melhores (se não o melhor) plantéis do País.

CONVIDADO: MARCÃO DO CASTELO


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Decadentes #148 – Santos 0x1 América (Brasileirão 2018)

Vencemos! Com o time desfigurado, sem vários titulares, no segundo jogo de Adilson Batista no comendo que ainda mal teve chance de treinar a equipe, fomos à Vila Belmiro em busca de um empate e voltamos com uma vitória.

Ah, antes que eu me esqueça, foi muuuuito pênalti.


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