Campeonato Mineiro
Sua torcida feminina nunca é demais
Começo parabenizando as mulheres e principalmente, as mulheres americanas, por seu dia comemorado ontem. Elas, que são nossas mães, irmãs, filhas e companheiras já conquistaram muito e há sempre mais a conquistar. O lugar de uma mulher é onde ela quiser! Sempre foram e serão bem-vindas na torcida do Coelhão, pois em nossa história estiveram presentes e próximas. Foi a menina Alda Meira que sorteou, dentro do chapéu de Aureliano Lopes Magalhães, o nome América para aquele clube de meninos que se formava. Não poderia ser mais feliz. Escolheu justamente a única palavra que pode ser falada usando dois gêneros: O América e A América. Não me lembro de outro time que exalte sua torcida feminina no próprio hino. Somos força respeitada no futebol feminino. A primeira mulher a narrar um jogo de futebol profissional , Isabelly Morais, fez sua estreia em um América e ABC em 2017.
Ainda hoje, é bonito ver a presença feminina na nossa torcida, em quantidade e qualidade. De todas as idades, se espalham entre nosso pavilhão, trazendo a força carinhosa e a presença maternal, ainda que aguerrida, para a única torcida de Belo Horizonte que ainda merece a presença delas em seu meio, sem medo do abuso e da ignorância que caracterizam um meio tão excludente ao sexo feminino quanto o futebol.
Caldense
A vitória da quarta passada nos garantiu o segundo lugar nesta fase de grupos do campeonato mineiro 2018. Aylon fez grande partida, participando das jogadas e ainda marcando dois gols. No jogo passado, tentou surrupiar ao fnal do jogo o relógio de melhor jogador das mãos do repórter Thiago Reis dizendo que “naquele jogo não teria jeito, tinha que ser dele.” Não foi. Foi de Serginho, que também fez grande partida na ocasião. Mas o relógio era dele mesmo, só estava atrasado e chegou alguns dias depois na partida com a Caldense. O medo da torcida é que menino Aylon Maiden seja um novo Osman. Torço para que não e vejo nele uma gana em jogar bola que não via no Osman.
O primeiro gol veio de um passe com açúcar e com afeto de Serginho para Carlinhos na lateral esquerda, que cruzou para o cabeceio de Aylon. Vejo Carlinhos um degrau acima de Giovanni atualmente. Tem um passe melhor e quando necessário, cumpre plantão no meio campo. Serginho também tem correspondido e a cada jogo tem melhorado o entrosamento. Se não é ainda o camisa 10 mítico que procuramos, tem sido importante nas partidas do deserto de talento que é o campeonato mineiro. Destaque também para David, que vem mostrando este ano o que escondeu ano passado. Seguro como bolso de muquirana e jogando o simples, tem ajudado o meio de campo do América, inclusive fazendo as transições de bola.

Foto:Mourão Panda(@photompanda)/América
Nova Lima é tudo menos novo
A melhor parte da vitória de quarta é que, conforme Enderson Moreira sinalizou, poderemos dar descanso ao elenco mais desgastado na última partida e colocar algumas peças que ainda não tiveram chance em campo. Claramente, os pendurados por cartão amarelo forçaram o terceiro para que cumpram suspensão e zerem a contagem. Estão suspensos para a partida do Alçapão Aylon, Luan e Messias. Rafael Moura ainda sente uma contusão e está fora para domingo, assim como Zé Ricardo.
O jogo não vale nada para nós e muito para o Vila. Então esperem um jogo aguerrido da parte deles e um jogo morno do nosso lado, inclusive pela grande quantidade de desfalques. Matheus Ferraz, contratado em janeiro e ainda sem nenhuma chance, provavelmente fará sua estreia no lugar de Messias e o time provavelmente virá em 4-4-2 ao contrário do 4-3-3 usual. Pela lógica, Renan Oliveira também deverá voltar ao time, assim como Aderlan. Eu descansaria João Ricardo, que embora precise jogar para recuperar o ritmo, pode acabar sentindo algo na coxa problemática. Melhor poupá-lo.
O melhor América que vejo atualmente para as próximas fases é: João Ricardo; Norberto, Rafael Lima, Messias e Carlinhos; Zé Ricardo, Juninho e Serginho; Marquinhos , Rafael Moura e Aylon.
Mastigação de números
Analisando a tabela com apenas uma rodada pendente, podemos tirar algumas conclusões. Os azuizinhos e o Coelhão já tem primeiro e segundo lugar garantidos. Todo o resto é briga de foice no escuro. Certo é que Cruzeiro e América só se encontrariam em uma final. Também é quase impossível que encontremos a cachorrada nas quartas, pois independentemente dos resultados, ficarão entre terceiro e sexto. Sétimo apenas se a Patrocinense ganhasse do Cruzeiro e os caninos perdessem para a Tombense. Ainda assim haveria um diferença de 5 gols no saldo.
Para as semifinais, tudo dependerá dos resultados apurados. Supondo que os três da capital passem por seus respectivos jogos, jogaremos contra a cachorrada se nenhum time entre nós e eles passar para as semifinais. Em uma hipótese, digamos que os oito classificados foram na seguinte ordem:
- Cruzeiro
- América
- Tombense
- Boa
- Tupi
- Atlético
- Patrocinense
- URT.
Dessa forma, jogam Cruzeiro x URT em Belo Horizonte, América x Patrocinense em Belo Horizonte, Tombense x Atlético em Tombos e Boa x Tupi em Varginha. Supondo que os times da capital passem, qualquer ganhador de Boa x Tupi ficou melhor colocado no campeonato que os caninos. Sendo assim, a ordem relativa para as semifinais seria Cruzeiro, América, o ganhador de Boa x Tupi e Atlético e portanto, pelo regulamento, teríamos um Cruzeiro x Atlético nas semis.
Só há garantia de jogarmos contra a cachorrada nas semifinais se estes terminarem em terceiro e passarem pelas quartas. O que prefiro? Sinceramente não sei. Sempre que fomos campeões , derrotamos a duplinha. Além disso, as forças ocultas do futebol mineiro sempre agem em prol de uma final da duplinha, pois caso isso não aconteça, “o campeonato está em risco”, conforme dito por um boquirroto que narra os jogos do Coelhão na TV fechada. Somos resistência.
Vamos em frente que a conquista do campeonato está próxima e que isto não nos iluda no caminho maior que é a permanência na série A. Grande abraço!
Jairo Viana
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Foto de Capa: Mourão Panda(@photompanda)/América
Decadentes #125 – América 2×0 Caldense (Mineiro 2018)
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Segunda colocação garantida na primeira fase do Campeonato, nos garantindo as parcas vantagens das fases finais, até uma eventual final contra o time azul.
CONVIDADAS: CARLA THEONILHA, ANNE ARAÚJO E GEÓRGIA BUENO
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TIME TITULAR
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Decadentes #124 – América 2×1 Democrata (Mineiro 2018)
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Jogo sem muito brilho, mas o Coelhão voltou a vencer, criar e garantir seus 3 pontos em casa.
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América 2×1 Democrata: pareceu 1º jogo de temporada

Foto: Mourão Panda (@photompanda) / América
Os 17 pontos em nove rodadas no Campeonato Mineiro nos dão tranquilidade na tabela, faltando uma vitória contra a Caldense, em casa, na próxima quarta (19h30, viu?), para garantirmos o segundo lugar e a vantagem de atuar em casa nas quartas de final e dos dois resultados iguais nas semifinais, caso avancemos.
Porém, a tranquilidade na tabela não se repete dentro de campo.
O América não evoluiu do começo da temporada para cá. Ao contrário, andou para trás. Aquele clássico contra o Cruzeiro foi o ponto alto de 2018, pois mostramos bastante segurança defensiva contra um rival da Série A. Parecia questão de tempo, com a chegada de reforços, para melhorarmos o ataque. Não está sendo assim.
Os problemas do América
Enderson pode rodar o elenco e experimentar os jogadores, mas está fazendo isso errado.
É óbvio que isso precisa de uma base montada para, depois, ir introduzindo jogadores nas posições que não estão rendendo. Senão, a cada partida são novos jogadores, o time fica desentrosado como pareceu contra o Democrata, tendo dificuldades de dar toques de primeira, o que abriria a defesa retrancada do adversário.
É mais do que óbvio que Aylon é titular. Ele vai jogar mal às vezes, e aí será o momento de substituí-lo. O jogador do inimigo (Capixaba) só terá chance de render no segundo tempo, aprontando correria para cima de adversários mais cansados. Não dá para ser titular, nem precisa experimentar, neste caso.
Outra coisa óbvia é que Magrão não pode ser volante. Sua única função no time, inclusive nos tempos de Série B, era jogar aberto pela esquerda, na mesma função de Danilo Barcelos. Magrão não consegue marcar e, quando vai dar o bote, costuma fazer falta.
Assusta também a falta de habilidade de Juninho, que ainda por cima vai muito ao ataque, querendo dar bote na intermediária ofensiva. Onde já se viu um volante fazer isso quase todas as vezes? Depois ele não consegue voltar e deixa espaços que os zagueiros precisam cobrir, quebrando a marcação. Na Série A, uma atitude dessas é suicídio!

Foto: Mourão Panda (@photompanda)/América
Os dois volantes mais Serginho pareciam com medo de armar o jogo, recebendo passe dos zagueiros. Iam todos para a frente ficar escondidos atrás dos adversários, obrigando os zagueiros aos lançamentos malucos.
O que Enderson Moreira tem contra Christian? Sempre coloca todos os outros, menos ele. Justamente o jogador que pode fazer lançamentos mil vezes melhor do que os chutões pela linha de fundo de Messias. Renato Bruno também poderia receber chances, pois tem velocidade e pode infiltrar na área.
Outra coisa que chamou a atenção foi Giovanni. Por que ele passou a jogar no meio e simplesmente abandonou a lateral-esquerda? Quando jogou em sua posição, foi à linha de fundo e fez o cruzamento do primeiro gol do América. Será que ele não respeitou a ordem de Enderson Moreira ou o técnico é que o pediu para virar meia? Qualquer que tenha sido o motivo, está errado!
Para terminar, um jogador como Rafael Moura não pode perder um gol cara a cara com o goleiro, EM HIPÓTESE NENHUMA! Qualquer idiota sabe que não precisa de força num momento como aquele, apenas classe para deslocar o goleiro. Rafael Moura está devendo sim e precisa ser cobrado. Bill, nos bons momentos dele, era muito superior, mas muito mesmo!
Como o América pode melhorar
Qual sugestão dar a Enderson Moreira neste momento?
O que o técnico precisa fazer é acertar o meio-campo, que parece ser o grande problema do time. A começar pelos volantes, que não podem ser Magrão e Juninho. No lugar dele, eu daria uma chance a Christian, que pode até jogar ao lado de Juninho enquanto Zé Ricardo não volta para o lugar do segundo. Wesley precisa ser testado com Zé Ricardo por alguns jogos.
Deixando o sistema defensivo mais firme, aí será o momento de experimentar pontas e meio ofensivo. Marquinhos foi muito mal contra o Democrata, resta saber se ainda está desentrosado ou se se sente desanimado, o que não pode acontecer.
Hoje, o América precisa focar nas seguintes contratações: centroavante e camisa 10 para titulares, quem sabe um meia-atacante rápido e driblador, que consiga entrar na área com poder de finalização.
Vamos torcer para Marquinhos e Wesley se recuperarem no Coelhão. Mas, para isso, o resto do time precisa estar mais compactado e sabendo explorar as laterais, rodando a bola mais rapidamente. Fica a impressão de que não estão treinando fundamentos nem se entrosando nas atividades diárias.
O tempo é curto para conseguirmos tudo isso! AO TRABALHO!
Matheus Laboissière
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VOTAÇÃO: AMG 2×1 DEM | BALA E COLATINA
Zen-Americanismo
A sabedoria oriental diz que no século 4 antes de Cristo, viveu o mestre Chuang Tzu, também conhecido como Lao Tsé. Em um belo dia de sol, caminhou pelos campos e acabou tirando uma soneca digna de um sábio chinês embaixo de uma amoreira. Dormindo, sonhou que era uma borboleta voando por aqueles campos e se sentiu feliz e completo. No entanto, acordou de repente e se viu diante do seu maior problema filosófico: Seria ele um homem que sonhou que era uma borboleta ou uma borboleta que sonhava ser um homem?
Esse conto zen ilustra muito bem o atual dilema que temos como americanos: Somos um time de série B sonhando a série A ou um time de série A que teve pesadelos com a série B? A resposta a essa pergunta é crucial para os próximos anos do América. Torcer para o América é como ter um pai amoroso, mas alcoólatra: Sempre que ele nos apronta uma presepada, vem a raiva e a revolta. Mas quando os bons momentos acontecem, compensam todo o resto e nos fazem acreditar que a reabilitação de todos os problemas um dia acontecerá.
O que somos?
A primeira divisão, desde a fase de pontos corridos, tem aprontado surpresa aos ditos grandes. Corinthians, Vasco e a massa falida de Vespasiano andaram frequentando a segundona, esse território dominado eternamente pela sombra do nosso próprio sábio pernambucano. Portanto, todo time de série A pode eventualmente “sonhar” com a série B. O que os difere do Paraná, Ceará e outros? Quando caíram, voltaram pra a primeira divisão na primeira oportunidade.
Até as catracas do independência já dizem o clichê de que “somos grandes para a B e pequenos para a A”. Temos todas as condições extracampo para nos considerarmos um time de série A que sonha com a B ocasionalmente. Boa saúde financeira, política favorável, Infraestrutura de qualidade e uma organização que, se não é perfeita, melhorou muito nos últimos anos. Estamos muito à frente de outros times chamados grandes nesses quesitos. O que nos falta é respeito. E respeito é algo que se consegue em campo, com boas campanhas.
Um reflexo dessa falta de respeito foram os “equívocos” da arbitragem, já esmiuçados desde domingo retrasado. A FMF não respeita o América. E não se enganem: A CBF também não. Assim como fomos o bode expiatório para levantar o fraco e combalido, seremos novamente se necessário para um Corinthians, um Flamengo, a duplinha ou até mesmo um Botafogo. E nesse sentido, representações, documentos e DVDs explicando como fomos prejudicados só valem de recibo. Em um país onde o bandeirinha acertou o lance conforme a FMF e que errada está a imagem do tira-teima, eventualmente descobriremos que foi o homem que mordeu o cachorro e não o contrário.
Domingo com preliminar
Domingo haverá uma situação inusitada na rua Pitangui. Temos uma preliminar ás 11 no nosso estádio e nosso jogo contra o Democrata ás 17. A boa prática e um pouco de bom senso sugeririam que um dos jogos fosse trocado para o sábado. Mas o jogo do Coelhão não poderia ser mudado, pois é o jogo da Globo. O jogo entre o lado podre e o lado fresco da lagoa não poderia ser no sábado pois os caninos jogaram na quinta. Reflexo de um calendário maluco em anos normais e semialeatório em anos de Copa do Mundo.
Até o último momento, acreditei que a Polícia Militar barraria a execução dos dois eventos com tão pouco espaçamento entre eles. Ao que parece, não veem problema que dois grandes times de BH mais os caninos frequentem as mesmas imediações. Torço para que realmente não haja problema, pois provavelmente encontraremos alguns remanescentes nos botecos da Pitangui. Na roça, os antigos costumam dar cachaça ao frango para “amaciar a carne e aliviar a morte do bichinho”. Caso encontrem algum frango bêbado, não perca seu bom humor. Estão só se preparando pra morte iminente do seu time nesse ano.

Mourão Panda (@photompanda)/América
Ode ao Pardal
Aproveito para deixar um recado aqui ao Pardal, proprietário do Bar que leva seu nome e celebrante-mor das reuniões da Turma do Fundão. Se um dia o pessoal da renovada TV Coelho quiser fazer uma matéria sobre o diferencial da torcida americana, entrevistem o Pardal. Apenas em jogos do América, as portas do seu bar ficam abertas para que as pessoas lá dentro circulem. Para os outros jogos, o atendimento é feito apenas através do balcão para a rua. A Turma do Fundão, grupo de amigos americanos que fazem do Bar do Pardal seu templo e quartel-general, faz em seu passeio um churrasco de primeira, sem fins lucrativos, com todo o apoio logístico do proprietário. Em Minas, quem você deixa entrar em sua casa, em geral, são aqueles a quem você deixa entrar no coração. Portanto, peço ao Pardal que guarde aquela pinga salineira boa e a cerveja gelada para que os americanos de domingo se preparem pra vitória que virá.
Um grande abraço a todos!
Jairo Viana
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A gota versus Oceano
Olhando pra gota e esquecendo o oceano a mais de cem anos.
Jamais campeão contra dobradinha FMF + CAM. Não se prendam em mais um fato. Analisem a História!
Após mais uma derrapada, num universo centenário de “erros” que o América sofre em clássicos contra o Atlético, resolvi ir além e pensar se já tivemos, em jogos decisivos, a condição de ser campeão tendo do outro lado a dobradinha CAM + FMF. E o resultado impressiona. Pois o Campeonato Mineiro já tem mais de 100 anos, sendo mais da metade no período profissional, e surge uma conclusão: considerando o período da Era Profissional do futebol mineiro, que se inicia na segunda metade dos anos 30, o América NUNCA conseguiu ser campeão tendo em uma final o adversário Atlético e um árbitro mineiro da FMF.
E com Árbitro NEUTRO?
Parece uma loucura, mas não é. Quando teve árbitro de fora, na mesma situação de final contra eles, o América se sagrou campeão três vezes: 1948, 2001 e 2016.
Respirando os “ares” de Belo Horizonte
Não acuso de haver algo ilícito nessa análise. Eu vejo muito mais o resultado de uma pressão que extrapola dos limites quando o árbitro da FMF apita decisões. A começar pelo aspecto de não haver profissionalização na categoria. Sendo assim, o árbitro está inserido no mercado de trabalho e exercendo as mais variadas profissões. E em contato com a sociedade, ele sabe tranquilamente, que se errar contra o Atlético, a série de represálias é grande: vai direto pra “geladeira”, pode ter interrompida a sua projeção para obter a chancela da FIFA, sofre falta de prestígio para a comissão do arbitral, pode até ser hostilizado e agredido nas ruas, pois a mídia explicita com veemência os erros quando lhe convêm e as consequências disso nos tempos atuais é imensurável. Alguém aqui imaginaria o árbitro José Roberto Wright tranquilamente escolhendo queijo no Mercado Central? Ou o Carlos Eugênio Simon saboreando um sorvete tranquilo num banco de praça na Savassi? Em menos de cinco minutos eles sofreriam o que vocês estão pensando mesmo por algum maluco fanático, alimentado pelas campanhas da mídia. Imagina então um árbitro que tem sua vida toda aqui em Belo Horizonte? Ele já entra no clássico cheio de “pé atrás”, alguns com medo de errar, outros se borrando mesmo.
O relâmpago deles é mais lento que o nosso
É humanamente impossível o bandeira dar com tanta certeza o desfecho de dois lances tão instantâneos como no último clássico. O reflexo teria de ser imenso, fora dos padrões humanos. O reflexo ali só daria para enxergar a camisa. Pronto. Para bom entendedor, meio pingo é letra. Em qualquer lugar do mundo se espera um comportamento padrão de atuação. Ou seja, ou anula tudo que tiver dúvida, ou valida tudo. Se com recursos técnicos eu já vi versões positivas e negativas dos dois lances, a única certeza que tenho é que suscita a dúvida. É aí que está a questão. Não discuto o erro em si, isso todos nós estamos sujeitos. Discuto a diferença enorme de “convicções”. Conversei com ex-árbitros e alguns foram categóricos, é um lance muito rápido, que o árbitro marca aquilo que ele achar primeiro e vai para o vestiário rezando para ter acertado e não cometer injustiça. E ao ver que errou no lance do Atlético, ele poderia validar o gol do América no segundo tempo nas duas interpretações: se ele achou errado o lance do América, compensa o erro do primeiro tempo. E se achar que foi gol, nada mais justo que correr pro meio. Nas duas situações de “interpretação” poderia se validar.
E numa tentativa de blindar os árbitros para o campeonato não perder a credibilidade – já que a Federação possui um presidente declaradamente torcedor do alvinegro, e que demonstra pelo menos tentar presidir sem “comprometimentos” da imagem – partiu pra cima da mídia com defesa do bandeira desmentindo o recurso técnico da TV. Isso daria discussão interminável.
Qual a maior relevância da discussão?
De novo, o que está em jogo é a diferença de tomada de decisões em duas situações relâmpagos, não precisa discutir as particularidades de cada fato.
Isso tem que ser divulgado, pois a grande mídia trata como “choro” da presidência americana. Mas pra quem nunca estudou a história do futebol mineiro, entende os momentos como fatos isolados, adotaria essa mesma impressão. Quem verifica tudo como um processo histórico, entende perfeitamente o que o América passa em termos de lutar contra tudo e contra todos. É um tsnumani na linha do tempo.
E fica feio, Federação. Não ache que assim vocês estão reforçando o mais forte. Esse mais forte de MG, que possui mais de 40 títulos mineiros, é o único forte estadual do país que quando sai do Estado está a quase 50 anos sem ver título no brasileirão. Lá fora não tem FMF. Aí o “choro” passa a ser a tônica dos hipócritas de plantão que hoje ridicularizam a indignação americana.
Não estou dando valor demais em um clássico de turno, não estou tapando o sol com a peneira e evitando falar dos erros apresentados pela equipe do Enderson Moreira. Não caiam nessa e não enxerguem isso como mais um “mero” fato isolado. É HISTÓRICO!
Reparem que o Atlético voltou a não vencer, empatando com o Tupi. Perdeu pontos para a Patrocinense no Independência. Perdeu para o Villa com time dito alternativo. Só “sobrou” no clássico? Nos momentos chave? Aonde estava em jogo a permanência do técnico interino e de todo um planejamento anual? No primeiro clássico do ano televisionado? Só sobrou no 3×0, sem nenhum elemento facilitador? Só não enxerga quem não quer.
Justiça é diferente de benefício
Árbitro de fora não significa NUNCA que seremos beneficiados. E para ser justo, publico também as situações que o América perdeu com árbitro de fora em jogos decisivos contra o Atlético. Mas espera-se no mínimo isonomia, que erra para os dois, acerta para ambos, define dúvidas de forma proporcional, com um cara que desce do aeroporto, troca de roupa, apita, toma banho e vai embora. Não vive as semanas de ladainha dessa imprensa mineira que trata o alvinegro como Real Madrid, mas que lá fora não mete medo nem em time do Acre.
Olho no lance Salum! Um abraço verde.
P.S.: A História não mente. Mesmo que queiram insistir e repetir erros…
Referências: Era profissional do Campeonato Mineiro: títulos do América e os confrontos em decisões contra o Atlético.
1 – 1948 | Árbitro de fora | América campeão
28/11/1948 – América 3×1 Atlético| Árbitro: Mr. Barrick (Inglaterra)
2- 1957 | Não houve final contra o Atlético | América campeão
22/12/1957 – Democrata SL 1×4 América.
29/12/1957 – América 0x0 Democrata SL
5/1/1958 – América 1×1 Democrata SL
3 – 1958 | Árbitro de fora | Atlético campeão
14/4/1959 – América 0x1 Atlético | Alberto de Gama Malcher (RJ)
23/4/1959 – América 0x1 Atlético | Alberto de Gama Malcher (RJ)
*As finais do campeonato de 1958 foram disputadas em 1959.
4 – 1971 | Não houve final contra o Atlético* | América campeão
4/4/1971 – Atlético 1×2 América | Maurílio José Santiago (MG)
23/5/1971 – América 1×0 Atlético | Maurílio José Santiago (MG)
*Partidas de turno e returno. O campeonato foi disputado no sistema de pontos corridos.
5 – 1993 | Não houve final contra o Atlético* | América campeão
6/6/1993 – América 4×0 Atlético | Márcio Rezende de Freitas (MG)
20/6/1993 – América 2×2 Atlético | Lincoln Afonso Bicalho (MG).
*Partidas América x Atlético no quadrangular final
6 – 1999 | Árbitro FMF | Atlético campeão
27/6/1999 – América 2×1 Atlético | Paulo César de Oliveira. (SP)
1/7/1999 – Atlético 1×1 América | Paulo Cesar de Oliveira (SP)
4/7/1999 – Atlético 1×0 América | Lincoln Afonso Bicalho (MG)
7 – 2001 | Árbitro de fora | América campeão
27/5/2001 – América 4×1 Atlético. Paulo César de Oliveira (SP)
3/6/2001 – Atlético 3×1 América. Paulo César de Oliveira (SP).
8 – 2010 | Árbitro FMF | Quartas-de-final | Atlético passou para a semifinal
24/1/2010* – América 1×1 Atlético. Cleisson Veloso Pereira (MG)
4/4/2010 – América 3×3 Atlético | Joel Tolentino da Mata Júnior (MG)
7/4/2010 – América 2×2 Atlético | Renato Cardoso Conceição (MG) | Expulsão do zagueiro Preto aos 37′ de jogo, quando o dominava a partida. O Atlético abre 2×0 no segundo tempo e o América, com um a menos, vai buscar o empate. (Vídeo com os lances da partida, incluindo a expulsão esdrúxula – https://youtu.be/rrYpk35SOrI)
* Jogo da fase de classificação
9 – 2011 | Árbitro de fora | Semifinal | Atlético passou para a final
24/4/2011 – América 1×3 atlético | Luiz Flávio de Oliveira (SP)
30/4/2011 – Atlético 2×1 América | Cléber Wellington Abade (SP)
10 – 2012 | Árbitro de fora | Atlético campeão
6/5/2012 – América 1×1 Atlético | Francisco Carlos do Nascimento (AL)
15/5/2012 – Atlético 3×0 América | Leandro Pedro Vuaden (SP)
*Ano do centenário americano
11 – 2014 | Árbitro FMF | Semifinal | Atlético passou para a final
23/3/2014 – Atlético 4×1 América | Cleisson Veloso Pereira (MG)
30/3/2014 – Atlético 1×1 América | Emerson de Almeida Ferreira (MG)
12 – 2016 | Árbitro de fora | América campeão
1/5/2016 – América 2×1 Atlético | Dewson Fernando Freitas da Silva (PA)
8/5/2016 – Atlético 1×1 América | Wilton Pereira Sampaio (GO)
SALDO:
América campeão com árbitro FMF contra o Atlético: 0. REPETINDO: ZERO.
América campeão com árbitro de fora contra o Atlético: 3.
Dos 6 sucessos do CAM, envolvendo finais e semi, 3 foram com árbitros de fora e 3 com FMF.
Conclusão : América NUNCA levantou uma taça no dia em que esteve um árbitro mineiro apitando contra o atlético na era profissional.
Mário César Monteiro
twitter.com/MarioMonteirone
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Decadentes #123 – Tombense 0x0 América (Mineiro 2018)
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Empatezinho vagabundo no pior jogo do América no ano.
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