Rodolfo, Lisca e os mais de 450 minutos sem gols

Após o revés de domingo, até mesmo nosso ilustríssimo presidente Alencar da Silveira Jr reclamou do fato de nosso time ter demorado 30 minutos para dar o primeiro chute a gol contra o contestadíssimo Corinthians. Mas Afinal isso foi exceção ou seria regra para nosso ataque?

Foto: Mourão Panda / América

Bem, infelizmente esta tem sido a nossa toada ofensiva nos últimos 5 jogos que passamos sem marcar, dado que totalizamos nestes 15 chutes a gol, dando uma média de 3 chutes a gols por partida, logo, um chute a cada 30 minutos em média (Conforme debatido no nosso programa #287).

Essa crise ofensiva tem sido tão grave que o comandante de nosso ataque, Rodolfo (Ou Gordolfo, se preferir) admitiu que está mais difícil de fazer gols devido a maior qualidade dos nosso adversários.

Mas será que este é realmente o único problema?

Com o intuito de analisar esse problema ofensivo que temos fui analisar as estatísticas ofensivas de nosso time na temporada passada e pude constatar que a crise ofensiva atual já vem desde a última série B e o cenário atual é, na verdade, o esperado.

Todos se lembram da fatídica entrevista do Lisca reclamando de nossas opções ofensivas, ainda que ele tenha dito mais como uma falta de profundidade de plantel (Vide que reclamou de não ter reposição para Felipe Azevedo e Ademir), mas ele tinha um ponto ali.

Apesar de termos lutado pelo título, tivemos apenas o 9° melhor ataque do campeonato. Ao que pese todos os erros de arbitragem contra nós ao longo da série B, tivéssemos tido um ataque mais prolifico nos teria bastado para assegurar o título.

E a inoperância ofensiva não se deu exclusivamente por falta de profundidade no plantel, nosso time no geral criava muito poucas jogadas. Durante a série B tivemos uma média de 1,1 gols por partida, e uma média de apenas 4,2 chutes no gol por partida, sendo que geravam em média 1,7 chances claras de gol.

Era muito pouco.

Foto: Mourão Panda / América

Muito se deve ao fato de nosso meias que mais se aproximavam do ataque não serem bons construtores de jogada, Juninho teve apenas 1 assistência em todo o campeonato e teve média de 0,8 passes decisivos por partida, o que significa que ele não dava passes para finalizações claras todos os jogos. O Alê foi um pouco melhor, ostentando pomposas 4 assistências na série B passada e uma média de 1,5 passes decisivos por partida.

Ah, mas nossos atacantes compensavam… Só que não. Rodolfo até teve 4 assistências no campeonato, entretanto também possui uma média baixa de passes decisivos por partida: 0,8. Ademir anotou 3 assistências e teve média de 1,3 passes decisivos por jogo, enquanto o Felipe Azevedo teve média de 1 em tal quesito, dando 1 assistência em todo o campeonato.

É claro que o esquema ofensivo não se limita a esses 5 jogadores, porém estes são os que jogam mais a frente no campo e são os que mais participam da nossa criação e conclusão de jogadas. E bem, se na criação eles não foram muito prolíficos, na conclusão não foram muito melhores.

“Ah, não seja tão crítico! Afinal o Rodolfo foi artilheiro em duas competições!” – Bradam muitos torcedores

Mas ele é mesmo um goleador?

Vamos analisar estas artilharias dele:

Foto: Estevão Germano / América

Ele de fato foi um dos artilheiros da Copa do Brasil. Mas tem de se ressaltar que foi um DOS artilheiros, para além dele Brenner, Nenê e Leo Gamalho também anotaram 6 gols na competição. Só que enquanto nosso pançudinho atacante precisou de 12 jogos para atingir tal marca, os outros jogadores que compartilharam o premio com ele precisaram apenas de 6 jogos cada. Se usassem o corte de minutos para marcar como desempate do prêmio, Rodolfo seria o 4º nessa lista, levando 153 minutos, em média, para marcar um gol nessa competição.

Ah, mas ele foi artilheiro do Campeonato Mineiro… Bem, foi. Tendo anotado 7 gols na competição, ele deixou para trás na artilharia o Keke, com 6 gols e seu companheiro de time Daniel Amorim, com 5. O curioso é que o Gordolfo precisou de 15 jogos para anotar estes 7 gols, já Keké marcou os 6 gols em 10 jogos, enquanto o Daniel Amorim entrou em campo apenas 6 vezes na competição.

Ambos os jogadores da “poderosa” Tombense tiveram uma melhor média de gols que o nosso centroavante titular, e olha que o Keké joga pelos lados do campo e não como o camisa 9 do time de Tombos.

Lembrando que na última série B o Rodolfo ficou em 19º como artilheiro, anotando 7 gols em 31 jogos disputados, precisando jogar 323 minutos, em média, para marcar um tento.

Logo, não é de se estranhar a nossa draga ofensiva atual. Os nossos 5 principais jogadores do meio para frente são os mesmos da última temporada, e a produção ofensiva deles está bem similar ao ano passado. A nossa média de finalizações por partida está similar a do ano passado, o que pesa é que uma vez que os adversários são mais qualificados a nossa taxa de conversão de gols caiu de 11% na série B para 0% nos primeiros dois jogos da série A.

Foto: Mourão Panda / América

Pecamos na avaliação do elenco da temporada passada. Não dava para acreditar que o Gordolfo lideraria o nosso ataque na série A. Pecamos no excesso de liberdade dada ao Lisca, uma vez que ele trouxe os amigos que fez no mundo da bola para serem reservas nesse time, sendo que Leandro Cachaça e Alan Ruschel não tem números que justifiquem uma aposta, vieram exclusivamente pela amizade. Enquanto Yan Sasse, Juninho “Sedex” Valoura e Eduardo não se sabe bem por que vieram.

Há então alguma esperança?

Bem, penso que sim. Se a diretoria se mexer para buscar 2-3 peças para nosso meio e ataque e o Lisca deixar de ser teimoso e mudar as peças atuais que tem se mostrado inoperantes.

Colocar Gustavo e Bruno Nazário, por exemplo, ajudaria muito na criação de jogadas, e testar o Ribamar que tem mostrado mais vontade quando entra, para além de acertar o gol (Coisa que o Gordolfo não tem conseguido fazer, nem em pênaltis) seriam ajudas iniciais também para mudar nossa mesmice ofensiva.

Até mesmo trocar o comando técnico, se o Lisca persistir na insistência com os seus “galetos”.

O importante é que algo tem que mudar para ontem, a fim de se evitar um novo 2016.

América & História – Episódio 11 – 1962

Salve Decadentes!
Mais um dia 30! E Hoje é a estréia do coelhão na série A!
A primeira série A em que não vamos ser rebaixados. Anota aí!
Enquanto você espera o jogo, vem com a gente ouvir sobre mais um ano do coelhão. Agora vamos a 1962 pra conhecer um técnico deveras curioso que passou pelo coelhão.
Não foi um ano fácil, como você verá no áudio, mas é do caminho que tiramos as verdadeiras lições, certo?
Se quiser saber mais, segue a pesquisa do Salviano. E lembre-se de comentar depois que ouvir!
Pesquisa:
Futebol nacional – https://futebolnacional.com.br/app/championship.jsp?code=3A609D4E0C94F92F3ACE3AFA644ED924&lang=pt-br&lang=pt_br
Canto do Coelho – http://ocantodocoelho.blogspot.com/search/label/1962?updated-max=2006-02-08T02:05:00-02:00&max-results=20&start=20&by-date=false
Triangular – https://arquivosfutebolbrasil.com.br/blog/2020/01/05/torneio-triangular-de-belo-horizonte-mg-1962/
Yustrich – https://pt.wikipedia.org/wiki/Dorival_Knipel
Amarelinho – https://www.youtube.com/channel/UCkhvsG6_Wuw0-v3b5-Ru8Wg
Amarelinho: A Patada do Sérgio – https://www.youtube.com/watch?v=WmOKuk0ozYE

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América & História – Episódio 10 – 1993

Salve Decadentes!
Hoje é dia 30! E não é um dia 30 qualquer. Hoje é o aniversário do Coelhão! 109 anos!
Então o América & História de hoje tem que ser mais especial ainda. O presente do coelhão hoje é lembrar desse título tão emblemático que ele nos deu em 93.
Por isso, dá o play aí e vai ouvir o que o Salviano, o Marinho e mais alguns outros torcedores tem pra contar sobre essa epopeia!
E não se esqueça de comentar se o episódio te fizer lembrar de emoções guardadas aí no peito.
E se quiser aprofundar mais no assunto, segue alguns links de onde eu tirei a pauta desse episódio!

Pesquisa:

Pesquisa:
06/10/1993 – América MG 2×2 Paraná PR – https://www.youtube.com/watch?v=onsLWUR1j94
13/10/1993 – América MG 4×1 Portuguesa SP – https://www.youtube.com/watch?v=Eky3mkDImbc

02/05/1993 América MG 3×1 Cruzeiro MG – https://www.youtube.com/watch?v=qgOmPe2Dszs

23/05/1993 – América MG 1×0 Cruzeiro MG – https://www.youtube.com/watch?v=3rFQArlOPgk

20/06/1993 – América MG 2×2 Atlético MG – https://www.youtube.com/watch?v=FhyfCd-Y2Ck

27/06/1993 – Democrata-GV MG 1×4 América MG – https://www.youtube.com/watch?v=medMj_4t9jg

Banimento do América – https://www.ultimadivisao.com.br/a-maior-punicao-do-futebol-brasileiro-o-banimento-do-america-mg-em-1993/
Regulamento esdrúxulo – https://trivela.com.br/brasil/ao-mesmo-tempo-em-que-euller-se-tornava-o-filho-vento-regulamento-esdruxulo-rebaixava-o-america-mineiro/
Futebol Nacional – https://futebolnacional.com.br/app/championship.jsp?code=0B9BB95D923602F9CBE127910F830312&lang=pt-br
Última Divisão – https://www.youtube.com/watch?v=Bz5c9IdA-hQ
Impedimento – https://impedimento.wordpress.com/2009/03/06/top-10-humilhacoes-do-atletico-mg/
Acervo do Coelho – http://acervodocoelho.com.br/1990-2002-era-independencia/
Canto do Coelho – http://ocantodocoelho.blogspot.com/search/label/1993
Bola na área – http://bolanaarea.com/brasileirao_1993_fase1_grs_c-d.htm
Enciclopédia do América, de Carlos Paiva.

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América & História – Episódio 9 – 1992

Salve Decadentes!
Hoje é dia 30! E a segunda temporada do América & História começa hoje!
E pra começar com estilo, o episódio será sobre 1992, o ressurgimento do coelhão depois de uma seca enorme.
Dá o play aí pra ouvir nosso mestre Marinho contar o dia em que a chave no cérebro dele foi ligada! O dia mais importante pra uma criança americana! Eu prometo, é de emocionar! Escuta aí e me fala depois.
E se quiser aprofundar mais no assunto, segue alguns links de onde eu tirei a pauta desse episódio!

Pesquisa:
– Acervo do Coelho: http://acervodocoelho.com.br/1990-2002-era-independencia/
– Canto do Coelho: http://ocantodocoelho.blogspot.com/search/label/1992?updated-max=2009-02-03T02:09:00-02:00&max-results=20&start=40&by-date=false
– BOLA NA ÁREA: http://bolanaarea.com/serie_b_1992_fase1.htm
– Futebol Nacional: https://www.futebolnacional.com.br/app/championship.jsp?code=E9ADED0D9F7E20D16B3971A0E4DFA6F9&lang=pt-br
– 16/02/1992 Paraná 1×0 América: https://twitter.com/golsdoparana/status/1257349426865201160
– 20/02/1992 Grêmio 0x1 América: https://www.youtube.com/watch?v=ZGghotF8Tc8
– 18/03/1992 – América 1×0 Grêmio: https://www.youtube.com/watch?v=3Lv_Eh-4b-Y
– Final de 92: https://www.youtube.com/watch?time_continue=351&v=SdS1wtA50Pk&feature=emb_logo
– Paulicéia desvairada: https://www.youtube.com/watch?v=o85TWFdHDtc

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A Imagem – Por Marinho Monteiro

Essa imagem, antes de tudo, mostra um placar eletrônico indicando 1×1 entre América e Atlético.

Em seguida, como um tsunami, uma multidão digna da fuga dos hebreus do Egito nos primórdios da humanidade. Aquele barulho contra me fez ser quem eu sou. Lutar contra o óbvio, o poder dos fracos que se escondem numa maioria sedenta, naquele que “acha cômodo torcer” para um time de investimento milionário. O barulho ensurdecedor que queria me jogar pra baixo. Da vida, da desestrutura. Da luta de ter de ficar anos no interior mineiro atrás de emprego para me sustentar.

Na volta, anos depois, ver que família e amigos não são mais os mesmos. Claro. Estão certos. Não se deve permanecer anos como o “mesmo”. Muitas pessoas achariam isso uma virtude. Talvez a mudança canalizada na evolução da pessoa é que realmente resuma algum parâmetro de que ser bom possa nunca ser um ponto fixo e sim, um degrau para ser ainda melhor. Essa imagem me faz ser forte, a ter aguentado muita indiferença, incerteza, ingratidão e toda e qualquer desproporção. Em saber que estou longe de poder ter sobriedade de um caminho definido.

Queria ter tido mais paz .A ter conseguido algumas coisas sem ter tido tantas perdas ou com menos sacrifício. Saio do senso comum ao não seguir os que dizem que a luta recompensa. Chego cansado. Tento não olhar pra trás. Mas essa imagem está lá. Me acompanhando desde os 6 anos de idade, a quase 40 anos, quando um foguetório no Mineirão me fez agachar de medo e quase ser pisoteado pela minha torcida, salvo rapidamente pelo meu padrinho Tilu, o meu primeiro tutor no campo. Sei que ela, essa imagem, vai embora comigo. Talvez eu parta lá mesmo, diante dela num clássico. A emoção já me canalizou para muitas formas de ação naquele gigante de concreto, que tanto sofri, chorei, me defendi e aprendi a suportar todo o tipo de revés. Não gosto de você Mineirão, mas aprendi que nunca irá me deixar pela memória da minha alma.

Essa imagem não me lembra somente dor. Me traz alegrias alucinadamente explosivas. Me faz respeitar eternamente o campeonato mineiro. Aonde o termo contra tudo e contra todos nunca fez tanto sentido. Foi ali que vi que a justiça dos homens é conivente e relativa aos pesos estipulados pela própria natureza humana. Abstratos ou concretos. Irei lhe ver novamente. A cada vez que fechar meus olhos de forma mais reflexiva. Para seguir um dia após o outro. Por todo o limitado e terminável do “meu sempre”, da minha história. Até o além.


PS. Após ler, imagine o coro do Mineirão, em “galo”, o concreto mexendo e subindo pó, e um Gutemberg, Claudinei ou Dudu com a bola dominada partindo pra cima, asa aberta, dando porrada em cima e conduzindo embaixo, ignorando a massa. Por toda a vida. América.

América & História – Episódio Especial 02 – Mandinga

Salve Decadentes!
Hoje o América & História veio contar histórias de crendices, superstições, mandingas, promessas, e tudo que possa afetar o nosso amado coelhão no plano místico.

Dá o play e vem escutar o dia em que o gramado da Alameda foi revirado atrás de uma macumba enterrada, o porquê de termos trocado tantas vezes as cores da nossa camisa, o culpado pela derrota pro São Bento em 2019, entre outras curiosidades!
Macumba desfeita é sinal de sucesso! Então dá o play e não esquece de comentar: a gente quer saber qual a sua superstição. O que você já fez pra ajudar o coelhão a vencer (ou a não perder, pelo menos)
Esse é o último episódio da primeira temporada do América & História. O Salviano volta dia 30 de março com muitas novidades! Até lá!

O já falecido cronista Oswaldo Moreira examinava o frasquinho e a caveira de burro enterrados no campo do América, ao lado do diretor do clube, Manoel Neves e dos operários que trabalhavam na escavação do terreno.

Pé de galinha amarrado encontrado no indepa em 2020

Pesquisa:
– Acervo do Coelho
– Enciclopédia do América, Carlos Paiva
– Revista do América, numero 3 – julho-agosto de 1948
– Nos Embalos da Nostalgia, Plínio Barreto

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América & História – Episódio 8 – 1945

Salve Decadentes!
Já chegou mais um dia 30!
Hoje a ansiedade está alta, eu sei. De noite tem o jogo mais importante do ano.
Enquanto você espera a hora da nossa vitória chegar, dá o play aí e escuta o América & História contar sobre 1945. Quando acabava a segunda grande guerra e o mascote do coelhão nascia.

E se quiser aprofundar mais no assunto, segue alguns links de onde o Salviano tirou a pauta desse episódio!
Pesquisa:
– Eleição de 1945 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o_presidencial_no_Brasil_em_1945#:~:text=Ap%C3%B3s%20quase%2010%20anos%20de,sobrevivendo%20entre%20diversas%20crises%20pol%C3%ADticas.
– Queda de Vargas –https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37-45/QuedaDeVargas
– JK – Belo Horizonte 1940-1945 – https://www.encontro2018.sp.anpuh.org/resources/anais/8/1534856420_ARQUIVO_JUSCELINOKUBITSCHEK-TextoAnpuhSp.pdf
– Acervo do Coelho – http://acervodocoelho.com.br/mascote/
– campeonato Mineiro de 1945 – https://www.futebolnacional.com.br/app/championship.jsp?code=3021C7C6CA58F368967F51FE50BDD37E&lang=pt_br
– Enciclopédia do América, Carlos Paiva
– Revista CLAM – centenário do América – Outubro de 2012

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Carta a meu pai e meu avô: Copa do Brasil

A benção, meu pai e meu vô!

Essa carta é pra contar pra vocês que hoje nosso América vai disputar o segundo jogo de uma semifinal de Copa do Brasil com chance de classificação real. É sério! Não estou contando isso só pra deixá-los felizes aí do outro lado. Nós, americanos que aqui estamos vivendo isso também custamos a acreditar de vez em quando.

Não sei se vocês puderam ver as festas lindas que fizemos pro grupo de jogadores nessa Copa do Brasil. Vivemos em época perigosa, de doença, em que o amor e o abraço pode se transformar em morte. Ainda assim, com todos os cuidados, levamos nosso amor a eles com foguetes, cantos e gritos. Mas esse grupo merece demais todos os riscos e senãos. É um grupo de guerreiros, de atletas e comissão que já enfrentaram todas as desconfianças que a imprensa pôde jogar em cima deles. Já fazem parte da nossa história, pois tornaram 2020 inesquecível pra todos nós americanos.

Acreditam que nosso técnico, um sujeito de apelido Lisca, retribuiu nosso abraço um dia desses após o jogo? Doido, o chamam. Pois a beleza surge verdadeiramente é da alma das crianças e dos loucos. Mal sabia o Lisca, que quando nos abraçou ali na Pitangui, abraçava também toda uma paixão, toda uma história, que hoje serão seus companheiros ali na beira do campo.

Hoje faremos mais uma festa na porta do nosso Estádio pra recepcionar nosso time. Em meio á fumaça dos sinalizadores, tenho certeza que verei vocês dois ao meu lado, pois cada americano lá presente em corpo ou em espírito levará junto consigo todos aqueles seus que dividiram o amor pelo América. Porque o amor pelo América é eterno e se vocês não puderam viver esse momento, o viverão através de nós, seus descendentes.

Contem as boas novas do Coelhão a todos os americanos que aí estão com vocês. Digam a nossos fundadores que vivemos um sonho. Digam a Geraldino de Carvalho, nosso fundador afrodescendente, único entre os pares de sua época, que tem jogadores no América que exaltam sua cor e sua raça. Contem a Juca Show, ao seu Fortes sapateiro, ao Kalil que faleceu esse ano, a todos os americanos que encontrarem que nosso América é cada vez maior!

Vai, Coelhão!

América & História – Episódio 7 – 1927

Salve Decadentes!
Já chegou mais um dia 30!
Dessa vez vamos viajar pra 1927, a ressaca do Decacampeonato ainda estava no ar. O estádio do América, o primeiro da cidade, que recebeu aplausos de toda a sociedade belo Horizontina, estava com os dias contados. Seria demolido pra construção do novo Mercado Central da cidade.
A liga de futebol já estava contaminada pelo jogo de bastidores de certos times alvinegros e o América começava a perceber que a disputa teria que ser não só dentro de campo.
Vem com o @Salviano escutar mais esse pedaço da nossa história e depois comente e faça suas criticas porque isso é essencial pro aprimoramento do nosso trabalho.
E se quiser aprofundar mais no assunto, segue alguns links de onde o Salviano tirou a pauta desse episódio!

Pesquisa:
– Belo Horizonte nos anos 20 – http://curraldelrei.blogspot.com/2010/07/os-anos-1920-e-o-inicio-da-remodelacao.html
– Campos Invisíveis – http://camposinvisiveis.com/estadioamerica.html
– O Canto do Coelho – http://ocantodocoelho.blogspot.com/search/label/1927
– Enciclopédia do América, de Carlos Paiva
– Futebol no Embalo da Nostalgia, de Plínio Barreto
– Campeonato mineiro de 1927 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Mineiro_de_Futebol_de_1927_-_S%C3%A9rie_A
– Campanha América de 1927 – https://futebolnacional.com.br/app/retrospectteam.jsp?code=2E537B0B3E328703566024F25270D6F0&team=103&lang=pt-br
– Satyro Taboada – https://www.facebook.com/SatyroTaboada
– Acervo do Coelho – http://acervodocoelho.com.br/os-herois-do-deca/
– campeonato brasileiro de seleções de 1927 – https://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Brasileiro_de_Sele%C3%A7%C3%B5es_Estaduais_de_1927
– Revista Vergel de 1927 – https://prefeitura.pbh.gov.br/fundacao-municipal-de-cultura/arquivo-publico/acervo/revistas

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O Leo Passos se justifica?

Apesar de todas as contratações feitas para o ataque nesta temporada e do surgimento de algumas potenciais promessas da base para o setor, Leo Passos continua a gozar de bastante prestígio se segue como um dos jogadores mais utilizados pelo Lisca, mas tem justificativa tamanha insistência?

Bem, se for analisar por estatísticas e desempenho, não. Afinal, uma média de 0,09 de gols por partida (3 gols em 35 jogos, sendo 2 deles de pênalti) estão longe de serem satisfatórias para um atacante.

Foto: João Zebral / América

Mas ele compensa com assistências?

Bem… Não. Nestes mesmos 35 jogos ele totaliza apenas um mísero passe para gol. Ele tampouco contribui o suficiente ofensivamente, com uma média muito baixa de passes chave por jogo e só criou 1 grande oportunidade de gol (a mesma contabilizada como assistência).

Ah, mas ele é um jogador tático… A importância dele pressionando e roubando bolas do adversário e brigando contra os zagueiros justifica a sua escalação, dizem os seus defensores.

Mas será mesmo?

Não vou discordar que ele realmente tem um bom número de desarmes por partida ( média de 1,6 até o momento na série B, muito embora tenha passado zerado nos dois últimos jogos que fez), entretanto ele também é um dos que mais comete faltas no ataque ao fazer essa pressão ( média de 1,5 por jogo), ele comete mais faltas que o Zé Ricardo, por exemplo, que tem de dar muitos mais botes por partida e, até mesmo pela função, por muitas vezes tem de fazer faltas para parar jogadas ofensivas.

 Foto: João Zebral / América

Para além disso, ele tem um desempenho bem ruim nas disputas com os zagueiros, ele ganha apenas 42% dos duelos que disputa por partida. Com o fato curioso de ter um péssimo desempenho dos duelos aéreos, ganhando 32% deles apenas, um percentual menor do que o do Ademir (que ganha 39% dos duelos aéreos que disputa) que é bem mais baixo que ele. Isso para não contar o baixo índice de acerto de passes no campo de ataque, apenas 59% de acerto, e de ser um dos jogadores que mais perde a posse de bola por partida, com média de 9,2 perdas de posse.

Logo, se for para escalar ele por conta da sua capacidade de desarme no campo de ataque, melhor escalar o Flávio como centroavante. Uma vez que ele tem melhor índice de passe no campo ofensivo, perde menos a posse de bola e, pasmem, tem similar média de gols por partida (2 gols em 25 jogos, o que dá uma média de 0,8 gols por partida).

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